Momentos do filme

 

 

1º Momento: Discurso de boas vindas

O filme começa com um discurso de boas vindas do Professor Helinger aos futuros matemáticos da universidade de Princeton, mostrando-lhes a sua importância no mundo:

“Os matemáticos ganharam a guerra. Os matemáticos decifraram os códigos japoneses e fabricaram a bomba atómica. Matemáticos como vocês. Quem, de entre vós será o próximo Morse? O próximo Einstein? Quem, de entre vós, virá a ser a vanguarda da democracia da liberdade e da descoberta? Hoje, depositamos o futuro da América nas vossas doutas mãos. Bem vindos a Princeton, cavalheiros.”

            Após o discurso do Professor, os alunos concentraram-se no jardim da universidade para um cocktail. Nash conhece alguns colegas como Sol, Martin e Bender. John é desde logo descrito como um rapaz muito tímido, introvertido e pouco sociável.

2º Momento: Quarto

Quando Nash chega ao quarto, começa de imediato a escrever fórmulas matemáticas nos vidros das janelas. Entretanto, chega Charles Herman, o seu companheiro de quarto. Este começa por se apresentar e relatar o cocktail do departamento de inglês que tinha tido na noite passada. Mas Nash nem lhe dá atenção e continua a trabalhar. Charles, intrigado com a sua atitude, convence-o a ir beber um copo e a conversar um pouco (para quebrar um pouco o gelo). Nash revela-lhe que não gosta muito de pessoas e que elas não gostam muito dele. Confessa sentir-se inferiorizado em relação aos seus colegas pelo facto de mais de metade deles já terem publicado trabalhos. Diz que não pode perder tempo a ir às aulas pois precisa de “encontrar uma ideia original”.

3º Momento: Em busca da Ideia Original

No jardim da universidade, enquanto os colegas estão a jogar o «go» (um jogo de tabuleiro), Nash põe-se a observar os pombos com o objectivo de calcular um algoritmo que defina o movimento. Ao verem o que estava a fazer, os colegas acharam-no bastante estranho. Como ainda nunca o tinham visto nas aulas perguntam-lhe se alguma vez o irá fazer, Nash apenas responde que as aulas entorpecem a mente e destroem o potencial para a criatividade autêntica.

De seguida, Martin desafia-o a jogar, e no decorrer do jogo pergunta-lhe o que pensa sobre os trabalhos que os seus colegas já fizeram.

4º Momento: Biblioteca

            Após a conversa com Martin, e depois de saber que Hansen tinha acabado de publicar mais um trabalho, Nash sente-se revoltado e fecha-se na biblioteca à procura de um tópico para a sua tese.

 

5º Momento: Conversa com o Professor Helinger

            O Professor Helinger encontra Nash e dá-lhe a conhecer que a universidade está a terminar as avaliações de meio do ano, a decidir quais os pedidos de colocação que hão-de apoiar. O Professor diz-lhe que ele não merece colocação, pois, ao contrário dele, os seus colegas foram às aulas e apresentaram relatórios,  não sendo suficiente o facto de ele estar à procura da “ideia original”.

             

 

6º Momento: Desespero

                Depois da conversa com o Professor, Jonh observa os cálculos feitos nos vidros das janelas do seu.

Ao constatar que não estava a conseguir ver nada, entra em desespero. Charles, ao vê-lo naquele estado, diz-lhe que a resposta ao seu problema não está em “virar-se para a parede”,  aconselhando-o a procurá-la fora do quarto.

7º Momento: Ideia Original

            Nash está a estudar num bar quando os seus companheiros vão ter com ele. Chamam-lhe a atenção para umas raparigas que entraram no bar. Martin lembra aos seus colegas as lições de Adam Smith: “Em competição... ambição individual serve o bem comum.”

Após ouvir os comentários dos seus colegas, Nash afirma que a teoria de Adam Smith tem de ser revista, explicando que “Se todos optarmos pela loira, bloqueamo-nos uns aos outros, e nenhum de nós conseguirá tê-la. Então, optaremos pelas amigas. Mas elas não nos ligaram nenhuma, pois ninguém gosta de ser segunda escolha. Mas e se ninguém optar pela loira? Não nos empataremos uns aos outros, e não insultaremos as outras raparigas. É a única forma de vencermos.” Ao contrário de Adam Smith, para quem “os melhores resultados surgem... quando cada um no grupo olhar pelos seus próprios interesses, “ Nash defende que  “o melhor resultado surge quando todos elementos do grupo olharem pelos seus próprios interesses e pelos do grupo.”                 

8º Momento: Apresentação do seu trabalho

            De seguida, Nash escreve a sua tese e mostra-a ao Professor Helinger. Este surpreendido com a magnitude do seu trabalho, pois este contradiz 150 anos da Teoria da Economia, apenas lhe pede o nome de dois matemáticos para a sua equipa que irão trabalhar com ele nos Laboratórios Wheeler. A escolha de John recai sobre Sol e Bender.  

9º Momento: Pentágono

            Nash começar a trabalhar, foi chamado pelo Pentágono para decifrar um código russo recém capturado e, em questão de horas, consegue descobrir padrões e coordenadas importantes apenas olhando para o código.

 

10º Momento: Primeira aula

            Na sua primeira aula verificamos que os seus métodos de ensino não se revelam muito eficazes, pois trata os alunos com extrema arrogância. Nash, ao entrar na sala de aula e irritado com o barulho vindo do exterior,  fecha as janelas e, os alunos começam a  protestar,  devido ao calor que se fazia sentir na sala. Nash ao ouvir o protesto responde: “O vosso conforto é menos importante do que conseguir a ouvir minha voz. Pessoalmente, acho que esta aula será um desperdício do vosso, e, o que é infinitamente mais grave, do meu tempo.” Após este comentário uma aluna, Alicia, decide abrir as janelas, conseguindo que o barulho parasse durante o decorrer da aula. Nash fica surpreendido com a atitude de Alicia.

11º Momento: Encontro com William Parcher

            Quando ia a sair da universidade de Princeton, William Parcher apresenta-se a Nash como sendo um funcionário do Ministério da Defesa. Começa por elogiar o trabalho  feito no Pentágono, e contrata-o para procurar mensagens do inimigo escondidas em revistas e jornais publicadas no país.

 

12º Momento: Convite e jantar

            Alicia entra no gabinete de Nash para lhe mostrar a sua resolução do exercício da aula anterior. No entanto,  a sua principal intenção convidá-lo para jantar. Nash mostrou-se receptivo ao convite.

A noite culmina com um momento muito intimo entre ambos, em que Alicia consegue romper a protecção fria e matemática de Nash e conquistar o seu coração.

14º Momento: Primeira Entrega

            Após decifrar códigos em algumas revistas e jornais, Nash coloca o seu trabalho num envelope e sela-o. De seguida dirige-se ao local de entrega (uma residência), onde deixa o envelope na caixa postal.

  

15º Momento: Casamento

            Entretanto, Nash e Alicia decidem casar. 

             

           

16º Momento: Perseguição

            Numa das suas entregas de códigos decifrados, Nash vê-se envolvido numa perseguição automóvel efectuada por dois desconhecidos. A perseguição termina quando, após uma troca de tiros, o carro dos desconhecidos se despista. Nash fica muito perturbado e, quando chega a casa, fecha-se no seu quarto.

17º Momento: Intimidação de Parcher

            Nash sente-se totalmente perseguido. Num encontro com Parcher, confessa que a sua mulher está grávida e que quer desistir do seu cargo como decifrador de códigos. Parcher intimida-o e afirma que, caso ele desista, deixa de o proteger de quem o persegue.

 

 

18º Momento: Alucinações

            Após a conversa com Parcher, e cada vez mais desequilibrado, Nash fecha-se no seu quarto e vigia constantemente os arredores da sua casa. Vê em todo lado conspirações. Alicia, ao entrar repentinamente no quarto, e acendendo a luz no momento em que Nash observa carros suspeitos,  é presenteada com um comportamento agressivo por parte do marido, o que a deixa ainda mais preocupada.

 

19º Momento: Internamento

            Durante uma palestra proferida em Harvard, Nash, muito nervoso a demonstrar várias teorias, fica incomodado com a presença de pessoas suspeitas e decide fugir. Começa então a ser perseguido e é interceptado por Rosen, um psiquiatra, que pede a Nash que o acompanhe.

 

Já no Hospital Psiquiátrico MacArthur, e ainda sobre o efeito de medicamentos, Nash é interrogado por Rosen. Durante esta “consulta”, Nash tem um ataque de pânico e vê o seu amigo Charles Herman que está a ser acusado de colaborar com os inimigos. Rosen garante-lhe que estão os dois sozinhos e que ele não está a falar com mais ninguém. É neste momento queo espectador se aprecebe que o personagem  Charles é  uma alucinação.

20º Momento: Esquizofrenia

            Alicia vai visitar o marido, e em conversa com Rosen, fica a saber que Nash sofre de esquizofrenia. Rosen explica as causas e consequências da doença, que teve início, possivelmente, na altura em que Nash era estudante universitário. Alicia é questionada sobre a existência real de Charles Herman. Recorda que Nash lhe falava muito de Charles, mas que nunca o tinha visto. Alicia apercebe-se então que Charles é um amigo imaginário de Nash. Rosen pede a Alicia para fazer uma investigação acerca do trabalho do seu marido, assim como do seu envolvimento com William Parcher.

21º Momento: Confronto com a realidade

            Após investigar o gabinete do marido e de se ter deparado com um cenário caótico (devido à quantidade de recortes de revistas colados nas paredes e espalhados por toda a parte), Alicia dirige-se ao local de entrega das encomendas e encontra uma casa abandonada e com as encomendas por abrir na caixa do correio. Visita Nash e confronta o marido com a realidade, ao dizer que William Parcher não existe e que as encomendas não foram recolhidas nem abertas por qualquer elemento do governo. Nash reconhece a possibilidade de estar realmente doente e submete-se a um tratamento de electrochoques (cinco dias por semana durante dez semanas).

22º Momento: Depois do tratamento

            Um ano depois do internamento, Nash volta a viver junto da família.

23º Momento: Regresso das alucinações

            Abalado por não conseguir concentrar-se na realização do seu trabalho, Nash finge que não toma  comprimidos para a mulher não desconfiar de nada. As alucinações regressem e, com elas, regressa também William Parcher que convence Nash a regressar ao trabalho que deixara.

            Estas alucinações poderiam ter tido consequências mais graves. Na verdade, ao encontrar vestígios de inúmeros recortes de jornais e revistas num local próximo da sua casa (numa altura em que havia deixado John a dar banho ao filho), Alicia encontra o marido a ter outra alucinação (desta vez pensava que Charles estaria a tomar conta do seu filho), o que poderia ter causado a morte da criança.

24º Momento: Percepção da realidade

            Alicia tenta telefonar a Rosen, mas é impedida pelo marido. Apesar de a intenção de Nash ser a de impedir que William Parcher disparasse sobre a sua mulher, Alicia fica com a impressão de que Nash começa a tornar-se violento e sai de casa com o filho. É nesta altura do filme que, mais uma vez, entram em cena as personagens imaginárias de Nash começa então a distinguir a realidade do imaginário.

            Numa conversa com Rosen, Nash    decalara a sua decisão de deixar de tomar os medicamentos e combater as suas alucinações através da força de vontade (e não dos medicamentos.

 25º Momento: Regresso ao ensino

            Dois meses depois, Nash volta à Universidade de Princeton e pede a Martin permissão para se inserir na comunidade universitária de funcionários, docentes, alunos, etc. Com o passar do tempo, consegue ignorar as personagens que criou e começa a conviver mais com os alunos (cativando-os com a sua sabedoria e experiência). Decidiu assim pedir a Martin que o deixasse leccionar de novo.

26º Momento: Nomeação para o prémio Nobel

            Já a exercer funções como professor, Nash é abordado, no fim de uma das suas aulas, por Thomas King que o informa da sua nomeação para o prémio Nobel da Economia pelo seu trabalho da Teoria do Equilíbrio. Thomas King convida-o para tomar um chá, na sala onde tivera, anteriormente, uma conversa com o professor Helinger. No decorrer da conversa, Nash recebe o reconhecimento dos restantes professores que se encontravam na sala

27º Momento: Atribuição do prémio Nobel

            Na cerimónia de entrega do prémio, Nash declara o seu amor por Alícia:        

“Sempre acreditei em números, nas equações e na lógica. Mas após uma vida de demanda, pergunto... o que é, na verdade, lógico? Quem decide o que é racional? A minha busca conduziu-me do físico... ao metafísico... ao delírio... e ao regresso. E fiz a mais importante descoberta da minha carreira. A mais importante descoberta da minha vida. É apenas nas misteriosas equações do Amor... que alguma lógica ou razão podem ser encontradas. Estou esta noite aqui, apenas, graças a ti. És a razão de eu ser. És todas as minhas razões. Obrigado.”

Olga Pombo opombo@fc.ul.pt