Sistemas de Auto-abastecimento

 

A primeira solução encontrada, foi colocar um pequeno balão de borracha como reservatório no interior da caneta. Esse balão, ao ser apertado, expelia o ar que se encontrava no seu interior e, consequentemente, sugava a tinta do tinteiro para o interior do balão.

Este mecanismo foi adoptado por todas as empresas fabricantes de canetas. No entanto, a forma como o balão estava situado no corpo da caneta variava, segundo o fabricante.

Alguns fabricantes optaram simplesmente por efectuar um corte ao longo da caneta de forma que, ao colocar uma moeda nesse corte, o balão se comprimisse. A Waterman lançou um modelo em que a caneta seguia já acompanhada com uma moeda, especial para esse fim.

Em 1897, a empresa Conklin, aproveitando esta ideia, incorporou nessa abertura uma peça semicircular de metal. Essa peça, à qual deram o nome de crescente, encontrava-se junto do polegar e bastava uma simples pressão do polegar para que a caneta fosse abastecida.

crescente Nome de ficheiro: j0345937.wmf
Palavras-chave: ícones, setas, símbolos ...
Tamanho do ficheiro: 3 KB

Em 1908, Walter Sheaffer inventou o sistema de alavanca. Uma alavanca móvel era colocada num corte, efectuado no corpo da caneta. Essa alavanca era uma pequena chapa de metal que permitia comprimir o balão.

                                                                       

Mais tarde a Parker lançou o sistema de botão. Esse sistema incorporava uma mola que era comprimida quando o botão, que se encontrava na extremidade superior da caneta, era pressionado. Desta forma, tal como no sistema apresentado por Sheaffer, uma estreita chapa de metal, colocada no meio da mola, pressionava o balão, obrigando a tinta a subir.

Estes dois sistemas permaneceram em voga até ao início da década 30. Em 1932 a Parker lançou o primeiro sistema a vácuo funcional, com enchimento através de pistão. Esta caneta, a que chamaram Vacumatic, revolucionou a industria das canetas pelas suas características. Apresentava algumas novidades, entre as quais, não continha balão, deixando mais espaço para armazenar tinta, permitia visualizar a quantidade de tinta, através do seu corpo transparente e a pena escrevia com duas grossuras distintas.

Por fim, em 1952, a Sheaffer lançou o que é considerado até hoje, como o mecanismo de recarga mais completo, o Snorkel. Consistia num tubo retráctil, situado na pena da caneta, através do qual a caneta era recarregada. Após o enchimento da caneta, o tubo era recolhido.