As magistraturas estavam abertas a toda a gente, ou pelo menos, assim era
defendido na teoria. Delegados do povo, os magistrados partilhavam da sua soberania e, juntamente com ele, tinham
a iniciativa legislativa, a missão de executar as leis e de levar a tribunal quem as
transgredisse. Os magistrados eram escolhidos durante um ano e não podiam ocupar o
cargo durante duas vezes consecutivas. Os atenienses pensavam que o carácter colegial e
anual das magistraturas constituía a melhor forma de salvaguardar a democracia.
Mas, quais eram as principais magistraturas existentes
em Atenas?
Destacaremos apenas os arcontes e os estrategas.
Os arcontes eram os
magistrados mais influentes. No início do séc. V a.C., existiam 9 arcontes e um secretário e eram escolhidos por
meio de um sorteio. As suas funções eram sobretudo religiosas e judiciais.
Os estrategas eram, juntamente com os arcontes, os
principais magistrados da cidade. Depois das Guerras Médicas, controlavam toda
a vida militar de Atenas
e, por conseguinte, a política externa e financeira.
O estratega não era somente um chefe do
exército. Ele devia também ser um orador hábil de modo a ser facilmente compreendido pela
assembleia, a defender a sua política e a justificar-se em campanha face aos seus
soldados.
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