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- Eureka, Eureka! (Encontrei, encontrei!) - gritava um homem não muito jovem, completamente nu, com a barba e os cabelos encharcados, pelas ruas da opulenta cidade de Siracusa. Todos se questionavam:  De onde vem este louco? Quem é este doido? Encontrou o quê?

Este doido encharcado era Arquimedes, um dos maiores génios do género humano. Arquimedes era um aristocrata. Filho do astrónomo Fídias, nasceu em Siracusa e vivia num círculo de amigos protegidos pela sumptuosa corte do tirano Hierão. Muito jovem ainda, fora estudar para Alexandria, e a esta escola, para além das amizades que aí criou, ficou ligado para toda a vida.

O que ele encontrou foi a primeira lei da hidrostáctica que ainda hoje dá origem às mais variadas aplicações nos mais diversos campos da ciência e da tecnologia.

Foto determinación pesos específicosEnquanto tomava banho num tanque, Arquimedes interrogava-se sobre os motivos por que o seu corpo tendia a flutuar e observou um facto simples e desconcertante: o seu corpo recebia uma impulsão de baixo para cima igual ao peso da quantidade de líquido que o seu próprio corpo deslocava ao mergulhar.

Foi tanta a emoção devida a esta descoberta que o cientista sentiu uma necessidade irresistível de gritar aos seus concidadãos, sem perda de tempo, sem esperar um só instante para enfiar uma túnica.

Este episódio - verdadeiro ou criado pela lenda fantasiosa que se gerou em torno da figura de Arquimedes - serve, de qualquer modo, para nos fazer compreender a personalidade deste génio. Uma personagem que, seguramente, poderia figurar em primeiro lugar na representação que dos matemáticos formou a imaginação popular: um ser despreocupado, absolutamente desleixado em relação ao seu próprio aspecto, distraidíssimo, isolado do mundo exterior, dos acontecimentos que o rodeiam e até das inelutáveis necessidades naturais, como comer ou beber. Arquimedes, de facto, quando se dedicava à pesquisa da solução de um problema não se apercebia do passar do tempo, não ouvia nem via o que sucedia à sua volta, nem sequer sentia fome.

 

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Olga Pombo opombo@fc.ul.pt