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        Vamos dar a palavra a Plutarco, que nos narra um acontecimento memorável:

"Os Romanos subiam ao assalto por dois caminhos; a consternação e o silêncio reinavam em Siracusa, pelo receio que estavam de nada poderem opor a uma tão terrível força e a tão grandes esforços. Mas, assim que Arquimedes começou a manobrar as suas máquinas, elas lançaram contra a infantaria toda a espécie de flechas e de pedras de um peso enorme, que voaram com tanto ruído, força e rapidez, que nada podendo deter o choque derrubavam e esmagavam quantos encontravam, e lançavam uma desordem incrível nas fileiras. E, para o lado do mar, viam-se nas muralhas grandes máquinas que avançavam e abatiam de repente sobre as galeras, enormes barrotes, de onde pendiam antenas armadas de ganchos que as engatam e, elevando-as em seguida com a força do contra-peso, as largavam de repente e as afundavam; ou depois de as terem levantado pela proa com mãos de ferro, as mergulhavam no mar, ou as traziam para terra com cordames e croques, e, depois de as ter feito piruetar por muito tempo, despedaçavam-nas contra as cristas dos rochedos que se erguiam abaixo das muralhas, esmagando assim os que estavam por baixo." (cit. in Serres (1989):133).

 

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Olga Pombo opombo@fc.ul.pt