Gottlob Frege tenta reduzir a aritmética à lógica. Ora, em 1901, Bertrand Russell descobre uma contradição no sistema de Frege. Considere-se o conjunto y de todas as entidades que não são membros de si próprias, isto é, x Î y se, e só se x Ï y ( a colecção de Russell). Deduz-se que se y Î y se, e só se, y Ï y. Este paradoxo também foi descoberto independentemente por Ernst Zermelo em 1902. Segundo Russell, o Paradoxo surge por existir uma violação do princípio do círculo vicioso. Em colaboração com Alfred North Whitehead, Russell reformula e recupera o programa logicista de Frege baseando-se para isso no bloqueio dos círculos viciosos através da doutrina dos tipos lógicos. Resulta a denominada teoria dos tipos, que se revelou uma fórmula problemática de desenvolver a teoria dos conjuntos. Modernamente, evita-se o paradoxo porque se abstém de considerar que a propriedade « x Ï x » define um conjunto. Dito de outro modo, a colecção de Russell não é um conjunto, é uma classe. Uma forma mais popular de ilustrar o Paradoxo de Russell é o: Paradoxo do barbeiro Há em Sevilha um barbeiro que reúne as
duas condições seguintes:
Para aprofundar mais, todo este assunto, sugerimos-lhe que navegue uma pouco na página: Cartas entre Russell e Frege.
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Olga Pombo: opombo@fc.ul.pt
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