Curiosidades

 

- Wolfgang von Kempelen

- O Turco

- Torres y Quevedo

- Ensaio de Edgar Allan Poe sobre o "Turco"

 

Wolfgang von Kempelen

Wolfgang von Kempelen nasceu em 1734, na Hungria, na cidade de Pressburg que hoje se chama Bratislava e é a capital da Eslováquia.   Conhecido como inventor, a sua criação mais conhecida é precisamente "O Turco".

No entanto, nem todas as suas invenções eram próximas da área do ilusionismo. Outra das suas invenções foi uma máquina que, através de um sistema de tubos e circulação de ar, conseguia simular a fala humana. Era particularmente eficaz para línguas latinas, cujos  sons eram mais fáceis de atingir pela manipulação da máquina.

Por investigações nesta área é por alguns considerado o primeiro fonético experimental mundial. 

 

Esta máquina ainda hoje existe, repousando num museu alemão em Munique, e ainda está funcional.

 Kempelen  desenvolveu trabalho nas áreas da arquitectura, engenharia ou hidráulica e, entre outras coisas, melhorou a forma de impressão para cegos e concebeu o sistema de canais para ligar Budapeste ao Mar Adriático. Morreu com setenta anos.

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O Turco

   O Turco foi construído em 1769. Kempelen havia assistido a uma demonstração de um ilusionista que usava as propriedades magnéticas para alguns truques. Kempelen achou que seria capaz de construir uma ilusão que jogasse xadrez. E criou aquela que é por muitos considerada a primeira ilusão usando uma cabine de grandes dimensões.

    Após a sua aparição de imediato começaram a surgir respostas e tentativas de explicação, o que nem sempre era fácil, visto o "Turco" ser aberto antes de cada espectáculo, não conseguindo o público vislumbrar ninguém lá dentro. Surgiram assim as explicações de que dentro do "Turco" estaria um rapaz novo ou mesmo um anão. E claro, alguém se lembrou de sugerir que era um espírito maligno que operava o "Turco".

    Após a morte de Kempelen, Johann Maelzel comprou o "Turco" ao filho de Kempelen e prosseguiu com as apresentações.

    Em 1811 vendeu o "Turco" a um enteado de Napoleão que o comprou por 30 000 francos só para descobrir como funcionava. Em 1811, Maelzel comprou-o de volta, comprometendo-se a pagar com os lucros do "Turco". Mas o enteado de Napoleão morreu e os seus herdeiros foram exigir o pagamento da dívida. Maelzel fogiu para os EUA com o "Turco".

    Ao longo da sua existência, o "Turco" teve pelo menos 15 operadores, o último dos quais morreu em Cuba por ter apanhado febre amarela.  Na viagem de volta aos EUA também Maelzel morreu de febre amarela, tudo isto em 1838.

    O "Turco" foi leiloado, mais tarde doado a um Museu Chinês em Filadélfia, embora nunca mais tenha sido usado. Ardeu em 1854, num incêndio de grandes proporções que houve em Filadélfia.

    Várias outras máquinas como o "Turco" surgiram, quer antes, quer depois do seu desaparecimento.

    Décadas depois do seu desaparecimento ainda se escrevia sobre ele, nomeadamente o grande ilusionista Houdini, que disse achar que a ideia de Kempelen teria surgido após conversa com um amputado de ambas as pernas que jogava muito bem xadrez e que lhe fora apresentado por um amigo comum.

    Já no século XX, em 1927, a saga do "Turco" inspirou um filme francês de nome "O jogador de xadrez".

    Entre os escritos que sobre ele se fizeram destaca-se o de Edgar Allan Poe, não pela originalidade do escrito, mas pela popularidade do escritor. Além de um ensaio em 1936, redigiu também um outro documento, que só foi publicado depois da sua morte sobre o "Turco".

    O livro mais recente sobre o "Turco" é mesmo recente: em 2002, o autor Tom Standage, escreveu "The Turk"!

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Torres y Quevedo

   Leonardo Torres y Quevedo nasceu em Santa Cruz, Espanha, em 1852. Filho de um engenheiro formou-se na mesma área. Tendo ficado economicamente independente bastante novo pôde dedicar-se inteiramente à criação de engenhos.

   Entre outras coisas, patenteou diversas versões de funiculares, máquinas que resolviam equações algébricas e o projecto do primeiro dirigível espanhol. A máquina de 1895 que resolvia qualquer equação de terceiro grau é mais uma das suas invenções.

    Entre as suas obras mais mediáticas está a cabine que desde 1913 até hoje se mantém a passear turistas sobre as cataratas do Niagara.

    Morreu em 1936.

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