Nascido
a 4 de Março de 1953, no Uganda, lançou-se na cena cinematográfica
internacional em 1996, depois do lançamento do seu filme Shine. O
seu triunfo no Festival Cinematográfico de Sundance foi o despertar para
o sucesso e para inúmeros prémios, incluindo sete nomeações para os
Óscares.
Morou no Quénia até aos dez anos e a família resolveu mudar-se então,
primeiro para a Inglaterra e, quando ele tinha 14 anos, para Adelaide,
na Austrália.
Com 16 anos já tinha completado o secundário e estava a ponto de entrar
para Direito ou Artes na Universidade de Adelaide, mas acabou por
despertar para novos interesses, tomando uma outra direcção depois de
assistir ao musical (anti-guerra) “Vietrock”, seguido de um debate
conduzido por um professor da Universidade de Flinders. Universidade na
qual, Hicks contactou com o expressionismo alemão, com os grandes
directores e com as técnicas de filmagem.
Quatro anos depois, em Adelaide, a industria cinematográfica renascia
com o apoio do governo às artes, e Hicks pôde trabalhar com grandes
nomes numa dúzia de filmes nos anos que se seguiram, ao mesmo tempo que
se estreava e brilhava na escrita e direcção de pequenos dramas e
documentários.
Entre esta altura e o filme Shine, Scott Hicks trabalhou sempre
em produções de baixo orçamento, entre as quais Sebastian and the
Sparrow (1988).
Ainda antes de Shine, Hicks singrou como documentarista. Ganhou
um Emmy em 1984, com Submarines: Sharks of Steel e um Prémio
Peabody em 1989, com The Great Wall of Iron.
Mas Hicks não viveu dos louros dos seus documentários. Frequentador do
teatro e de concertos, era um ouvinte ávido de música clássica. Cedo se
apaixonou por um projecto inspirado na vida do pianista David Helfgott,
que viu actuar, em Adelaide a 30 de Maio de 1986 e, de quem se tornou
amigo.
Em Setembro de 1995, enquanto Shine estava em pós-produção, Hicks
começou a pesquisa para a realização de um novo documentário, The
Ultimate Athlete, que o devolveu às terras do Quénia, pela primeira
vez em 30 anos.
Meses depois (Janeiro de 1996), no Festival Cinematográfico de Sundance,
Shine estreou e depressa se tornou um sucesso, amado por todos no
mundo inteiro. Com
Shine, lembrou-se o grande pianista David Helfgott, criou-se uma
estrela, Geoffrey Rush (que interpretou o pianista) e, foi lançado o
talento de um novo e original realizador, o próprio Scott Hicks.
Hicks assinou com uma prestigiada agência (a CAA), continua a viver em
Adelaide com a sua mulher, o seu colaborador, Kerry Heysen, e os seus
dois filhos.
Tem inúmeros projectos na manga…