A obra de Platão é uma jóia da literatura de todos os tempos e um monumento
filosófico de valor eterno. As questões postas, dizendo respeito á conduta ética e
política dos atenienses, ao seu comportamento como indivíduos e em sociedade,
gozam da maior pertinência vinte e quatro séculos
depois. A sua finalidade é sempre a busca da verdade por meio da dialéctica.
Na grande maioria dos diálogos, a figura central é Sócrates, que interroga, argumenta e
discute com um vasto leque de personagens, na maioria dos casos sofistas ou
figuras que representam a
estrutura da cidade. Alguns deles são expressamente dedicados ao mestre, quer para contar
o processo de que foi alvo e a sua defesa em tribunal (Apologia), quer a
sua permanência na prisão (Críton), quer os
últimos momentos antes de beber a cicuta (Fédon).
A colecção das obras de Platão compreende trinta e cinco diálogos e um conjunto de
treze cartas. Os seus diálogos
podem ser considerados dentro de quatro períodos distintos:
· Diálogos considerados de juventude ou socráticos, até cerca de 390 a.C.
(antes da morte de Sócrates).
Apologia de Sócrates
Críton ou Do Dever
Íon ou Da Ilíada
Laqués ou Da coragem
Lísis ou Da Amizade
Cármides ou Da Sabedoria
Eutífron ou Da Santidade |
· Diálogos ditos de transição:
Eutidemo ou Da Erística
Hípias menos ou Da Mentira
Crátilo ou Da Etimologia
Hípias Maior ou Do Belo
Menexeno ou Do Epitáfio
Górgias ou Da Rétorica
República - livro I
Protágoras ou Dos sofistas
Ménon ou Da Virtude |
· Diálogos de maturidade (escritos provavelmente entre 387 a.C. e 368
a.C.):
Fédon ou Da Alma
Banquete ou Do Bem
República - livros II a X
Fedro ou Da Beleza |
· Diálogos considerados de velhice:
Parménides ou Das Formas
Teeteto ou da Ciência
Sofista ou Do Ser
Político ou Da Realeza
Filebo ou Do Prazer
Timeu ou Da Natureza
Crítias ou Da Atlântida
Leis (inacabado) |
Há ainda outras obras cuja autoria é contestada: Alcibíades I e II,
Epinómide ou Do Filósofo, Hiparco, Minos, Os
Rivais, Téages e Clítofon.
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