Os Pré-Socráticos
foram os primeiros Filósofos gregos que viveram entre os séculos VII a V
a.C. Habitaram a cidade de Atenas antes dos sofistas e nomeadamente antes de Sócrates.
Há semelhança de Sócrates conhecem-se apenas notícias e fragmentos das suas
obras, que só chegaram até nós porque foram citados ou copiados em obras de
Filósofos posteriores. Esta página retrata, duma forma geral, os Filósofos
pré-Socráticos e as ideias que defendiam.
Os pré-Socráticos (séc. VII a V
a.C.):
Os Jónios |
Os Efésios |
Os Eleatas |
Os Pitagóricos |
Os Atomistas |
Tales de Mileto
Anaximandro
Anaxímenes |

Heraclito
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Xenófanes
Parménides

Zenão de Élea |
Pitágoras
Timeu |
Leucipo
Anaxágoras
Empédocles

Demócrito |
Os
primeiros filósofos gregos dedicaram-se ao problema de determinar qual era o
princípio material de que era constituída a natureza ordem. Foram chamados de
naturalistas, pois procuravam responder a questões do tipo: O que é a natureza
ou qual o fundamento último das coisas?
Foram considerados como pessoas desprendidas das
preocupações materiais do dia a dia e que se dedicavam apaixonadamente à contemplação
da natureza. Tinham então como principal objectivo viverem para contemplarem a
natureza. Foram simultaneamente poetas e profetas, quer se trate de Anaximandro,
de Parménides, de Heraclito ou de Empédocles. Para estes Filósofos a aparência
era manifestação do ser, que o aparecer era o desabrochar em plena luz do ser
que se mostrava, e era por isso que ser e aparecer estavam tão intimamente
ligados, pois o aparecer nunca tinha cortado a sua ligação com o ser. Se estes
Filósofos tinham então como preocupação fundamental a natureza, Sócrates
por seu lado interessava-se mais pelos problemas do ser humano e da sociedade,
pois considerava que explicar a origem e a verdade das coisas através de
objectos materiais era absurdo. Sócrates passou uma vida a ridicularizar
aqueles que pensavam saber qualquer coisa que não fosse de natureza espiritual.
ALGUMAS
OBERVAÇÕES
ACERCA DE ALGUNS PRÉ-SOCRÁTICOS:
O primeiro Filósogo grego
conhecido foi Tales de Mileto que viveu por volta do ano 600 a.C. Tales
na companhia de Anaximandro e Anaxímenes defendia que a água, o indefinido, e
o ar eram o princípio ou origem de todas as coisas. Preocupavam-se em encontrar
a unidade por detrás da multiplicidade dos objectos do universo, e o princípio de explicação da natureza a partir da própria natureza.
Heraclito acreditava na filosofia do devir, falava de um devir não
puramente linear que seria a negação absoluta do ser, mas sim do devir que se
desenrolava no interior de um círculo. Considerava haver um ciclo do devir que
em tudo representava harmonia, com efeito na circunferência, o
começo e o fim coincidem. Defendia que de um lado existia o Logos, que governava todas as coisas e, do outro, o devir que se desenrolava no
interior de um círculo apertado por laços poderosos. Acreditava que era no
interior de cada um de nós que se operavam as mudanças, dizia que a
vida e a
morte, a juventude, a velhice e o sono eram a mesma coisa, porque
estes transformam-se naquelas e inversamente aquelas transformam-se
nestes. Era um defensor da mudança dizia que não se podia penetrar duas vezes no
mesmo rio.
O
fogo de Heraclito:
John
Nau, Forest fire
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Para
Heraclito, o
mundo era o mesmo para todos os seres, nenhum deus, nenhum homem o criou;
mas foi, é, e será sempre um fogo eternamente vivo, que com medida se
acende e com medida se apaga.
Heraclito
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Parménides, foi o fundador da escola eleática. Defendia a imutabilidade
e unicidade do ser, afirmando que a multiplicidade e a mudança eram apenas
aparências. Zenão, que foi seu discípulo, viria a defender as teses de
Parménides sobre a imutabilidade do real.
A
esfera de Parménides:
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Parménides
dizia que o Ser é completo de todos os
lados, semelhante a uma esfera bem redonda.
Parménides
de Élea
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Anaxágoras foi o primeiro filósofo registrado pela
história a ter afirmado a existência de um princípio inteligente como causa
da ordem do mundo. Para ele o espírito é que ordenava tudo e daí tudo era
causa.
Empédocles, foi o criador da teoria dos quatro
elementos que vigoraria até a era moderna: terra, água, ar e fogo, seriam os
componentes últimos das coisas, ora reunidos sob a atracção do amor, ora
separados pela força da discórdia (ou do ódio).

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