RATIO STUDIORUM
Em 1552, Inácio de Loiola enviou Jerónimo Nadal aos vários países da Europa que tinham Colégios para apresentar a primeira versão da Ratio Studiorum que iria uniformizar a organização e funcionamento dos Colégios. Quando regressou em 1557, Nadal foi nomeado Perfeito do Colégio Romano, cargo que exerceu durante dois anos, vindo a ser nomeado Reitor em 1564. Foi no exercício destes dois cargos que fez a revisão da Ratio Studiorium anterior. O seu trabalho foi complementado por Diogo Ledesma, também professor e dirigente do Colégio Romano de 1557 a 1575. Em 1591, o então Superior Geral da Companhia, Cláudio Acquaviva, mandou para toda a Companhia uma nova versão da Ratio que tinha em conta as críticas e sugestões recebidas dos professores do Colégio Romano, reduzia a metade o número de regras (de 837 passavam a ser apenas 466) e mandava que ficasse à experiência durante três anos. Finalmente, em 1599, foi publicada a edição definitiva da Ratio Studiorum que regulamente com grande detalhe o modelo de ensino praticado durante séculos pela Companhia de Jesus. *** Como escreve Joaquim Ferreira Gomes (1995: 35) "a Ratio não é um tratado de pedagogia, mas um código, um programa, uma lei orgânica que se ocupa do conteúdo do ensino ministrado nos colégios e univesidades da Companhia e que impõe métodos e regras a serem observados pelos responsáveis e pelos professores desses colégios e universidades". Nesse sentido, as 466 regras que compôem a Ratio Studiorum ocupam-se de temas tão diversos como:
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Olga Pombo: opombo@fc.ul.pt
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