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        A palavra "Lógica" deriva do termo grego logos (logos) que significa discurso ou razão, isto é, tudo o que se refere ao saber humano em ordem à conquista da verdade.

        A Lógica  pode considerar-se, quer como ciência, quer como arte. Como ciência, preocupa-se com as formas gerais do pensamento, como arte, apresenta-nos um conjunto de normas (ou regras) para pensar correctamente.

        Os filósofos medievais definiram magnificamente a lógica como "a arte das artes" ou " a ciência das ciências". Vejamos em seguida algumas definições de lógica segundo um autor dos nossos dias:

(Rui dos Anjos Dias, 1972: 8)

         A   Lógica  pode  dividir-se  em:

        A Lógica formal interessa-se pelas formas mais gerais do pensamento – ideia, juízo e raciocínio – procurando que o pensamento seja coerente consigo mesmo. Por exemplo: como hoje é Sábado, e a seguir ao Sábado vem sempre o Domingo, então, amanhã será Domingo. Formalmente, este raciocínio é correcto, pois é coerente consigo mesmo. Entretanto, pode não ser verdadeiro por engano daquele que o formulou ao equivocar-se no dia da semana: hoje pode não ser Sábado. No entanto, a correcção (formal) não implica a verdade (material) pelo que o raciocínio: Todos os homens são louros. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é louro é correcto mas não é verdadeiro.

        A Lógica material trata das relações do pensamento com a realidade, isto é, estuda os métodos gerais das ciências em busca da verdade. Por exemplo: com hidrogénio e oxigénio, pode-se obter água. Logo, a água é um composto de hidrogénio e oxigénio. Neste caso, o raciocínio é, simultaneamente, correcto e verdadeiro, posto que é coerente consigo mesmo e está de acordo com a realidade.

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 Em geral, hoje, se não se fizer a distinção entre lógica formal e material, denomina-se lógica o estudo puramente formal do pensamento, isto é, dos modos de argumentação válida pelas relações internas de "implicação", prescindindo da veracidade material dos seus conteúdos.