Como surge o e
Tudo teve início quando John Neper se envolveu na procura de um sistema que facilitasse a multiplicação de senos. Esse trabalho, que se estendeu por mais de 20 anos, deu origem à publicação da sua obra mais conhecida "Mirifici Logarithmorum canonis descriptio". Esta obra, porque apresentava técnicas de resolução de problemas de cálculo numérico, problemas relacionados com o desenvolvimento do comércio, da banca, do progresso da Navegação e Astronomia, causou um grande impacto. “A invenção dos logaritmos surgiu no mundo como
um relâmpago. Nenhum trabalho prévio anunciava ou fazia prever a sua
chegada. Surge isolada e abruptamente no pensamento humano sem que se
possa considerar consequência de obras ou de pesquisas anteriores”.
(Lord Moulton, cit em www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17) N=107(1-(1/107))L que se pode escrever N=107[(1-1/107)10^7]L/10^7.
Repare-se
que (1-1/107) é uma aproximação de 1/e =e-1. Na notação
actual, sendo L o logaritmo à maneira de Neper, temos N=107e-L/10^7
ao passo que sendo µ
o logaritmo natural de N, temos N=eµ. Portanto, o “logaritmo neperiano” original não é o mesmo que se designa hoje por “logaritmo natural”; o primeiro relaciona-se com a base e-1 e o segundo usa a base e. Apesar disso, este número é designado por “número de Neper” e os logaritmos de base e por “logaritmos neperianos”, como homenagem a este grande matemático amador. O e é um número irracional, transcendente e surge como limite para valores muito grandes de N da sucessão (1+1/N)N, sendo e =2,7182818284590452353602874... O símbolo e foi usado pela primeira vez por Euler em 1739 e aparece na resolução de equações em que as incógnitas aparecem em expoente. Este número é muito importante em diversas áreas do conhecimento tais como Economia, Engenharia, Biologia, Sociologia... |