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Alan Turing Breves elementos biográficos |
Alan
Mathison Turing
nasceu em 1912 em Londres, dois dias antes de rebentar a primeira Grande Guerra
Mundial. Pertencente a uma família da pequena aristocracia
inglesa, teve a educação
correspondente. Desde muito cedo se
revelaram as suas grandes capacidades intelectuais.
Aprendeu a ler sozinho e, muito rapidamente, revelava uma imensa curiosidade
e fascínio por diversos mecanismos e grande vocação matemática.
No
entanto, a sua escolaridade primária e secundária foi constantemente abalada
pela sua rebeldia face à normalidade do ensino inglês da época.
Em 1927 Alan refugiou-se nos livros e no estudo, sendo capaz de encontrar
séries infinitas da "função tangente inversa" a partir da fórmula
trigonométrica para a tangente tan1/2x (tan-1x = x - x3/3
+ x5/5-x7/7 ...) sem a ajuda do cálculo elementar que ainda não o tinha
aprendido.
Em 1928, foi seduzido pela teoria da relatividade tendo traduzido para
inglês a obra de Einstein, Relatividade:a
Teoria Especial e Geral.
Cerca de 1929, começou a estudar física quântica.
Em
1931 consegue uma bolsa de estudo para King’s College em Cambrige. Aí teve
como professor de matemática um dos mais distintos matemáticos do seu tempo,
G.H. Hardy.
Em 1932, Turing leu a obra de Von
Nuemann, Mathematische
Grundlagen der Quantemechanik que o deixou muito impressionado.
Graduou-se em 1934 e,
na primavera de 1935, participou de um curso avançado sobre os fundamnentos da matemática, o teorema de Godel e o formalismo de Hilbert.
Em
1935, foi eleito fellow do King's College em Cambridge com base numa
dissertação: “On the Gaussian error function”.
Em 1936 ganhou um Smith's Prizeman.
Em Agosto de 1936 apresenta o projecto que ficou conhecido como Máquina
de Turing.
Após o início da guerra, Turing foi recrutado do
mundo académico para a Escola de Códigos e Criptogramas do Governo Britânico.
É nesse contexto que, em conjunto com Welchman idealiza ”A Bomba”,
uma máquina de decifração. A
meio da guerra, foi enviado aos Estados Unidos a fim de estabelecer códigos
seguros para as comunicações transatlânticas entre os Aliados.
Com o fim da guerra, volta a Cambridge e os seus
interesses, além da matemática, orientam-se para a computação, a neurologia,
a fisiologia e o atletismo. É
solicitado a projectar um computador totalmente inglês para o Laboratório
Nacional de Física que viria a ser designado por ACE (Automatic Computing
Engine), nome que, em parte, traduz uma homenagem a Charles Babbage e à sua máquina
analítica.
Em 1950, publica um artigo que ficou célebre
intitulado: “Computing
machinery and intelligence in Mind”,
onde propõe o seu famoso “Teste
de Turing”, dando início
ao que hoje conhecemos como a área da inteligência artificial.
Em 1951, foi eleito fellow da Royal Society
de Londres.
Morreu dia 8 de Junho de 1958, envenenado com uma maça
com cianeto que provavelmente ingeriu intencionalmente.