A República de Weimar

Em 1918, uma sucessão de revoltas operárias precipitou a abdicação de Guilherme II e o estabelecimento do regime republicano. No final da Primeira Guerra, a Alemanha estava arrasada e o seu povo humilhado. Pelo Tratado de Versalhes, assinado em Junho de 1919, as potências aliadas impuseram-lhe condições draconianas. Nestas condições surgiu a República de Weimar, assim chamada pois a sua constituição foi assinada em Weimar (uma cidade da Saxónia). Esta frágil República, surgida das cinzas da guerra e do império, num país sem tradições democráticas, enfrentando uma inflação galopante e uma crise económica agravada em 1929 pela Grande Depressão, contou, desde o início, com a feroz oposição de grupos extremistas, principalmente os nacional-socialistas (que denunciavam a assinatura dos Acordos de Versalhes como uma traição do governo social-democrata) e com a desconfiança e cepticismo da população em geral

A derrocada da República de Weimar começou com o crash da bolsa de Nova York e a crise económica mundial de 1929. A história dos anos seguintes foi marcada pela ascensão, nas eleições de 1930, dos nacional-socialistas que se aproveitaram do desemprego (4,4 milhões em 1930) e da miséria geral. Em 1932, quando os desempregados somavam 5,66 milhões, o marechal Hindenburg foi reeleito presidente, ficando Hitler em segundo lugar.

Em Janeiro de 1933 o marechal Hindenburg chamou Hitler para encabeçar o novo governo.

 

Olga Pombo opombo@fc.ul.pt