"Sobre um chão ladrilhado
está na vertical um espelho, donde nasce um animal de
fábula. Pedaço a pedaço, ele aparece até que, animal
completo, anda para a direita. A sua reflexão
dirige-se para a esquerda, porém, prova ser igualmente
real, pois atrás do espelho, ela aparece como
realidade. Primeiro andam numa fileira, atrás uns dos
outros, depois aos pares e, por fim, encontram-se as
duas correntes numa fila a quatro. Ao mesmo tempo
perdem a sua plasticidade. Como peças dum «puzzle»
juntam-se, preenchem reciprocamente os espaços
intermédios e unem-se com o chão, sobre o qual está o
espelho."
(Escher, 1994, p.11 ) |