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Dicionário |
DEFINIÇÃO
(E TRADUÇÃO INGLESA) DE TERMOS COMUNS EM EPIDEMIOLOGIA
DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
A B-C
D E F-G-H
I-J-K-L-M-N-O P
Q-R S T-U-V-X-W-Y-Z |
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A |
Adjuvante (adjuvant) Substância adicionada
a um antigénio com o objectivo de aumentar a sua imunogenicidade.
Exemplo frequente é o hidróxido de alumínio,
Bordetella pertussi morta, ou uma emulsão gordurosa do antigénio.
Agente etiológico (etiologic agent). Agente
causador de doença. No contexto das doenças transmissíveis
é um parasita (ver definição abaixo). Explos
são os vírus, bactérias, protozoários,
fungos e macroparasitas.O termo é frequentemente usado como
sinónimo de agente infeccioso.
Agente infeccioso (infectious agent). Ver agente
etiológico.
Anticorpo (antibody). Uma molécula orgânica
(em geral uma glicoproteína) produzida pelo sistema imunitário
do hospedeiro em resposta à entrada de um antigénio.
Tem a capacida de se combinar com o antigénio para o anular.
Também conhecidos por imunoglobulinas.
Antigénio (antigen). Substância estranha
ao organismo do hospedeiro (explo: proteína, polissacárido,
vírus ou partícula viral, toxina bacteriana, etc.)
à qual o sistema imunitário responde (por explo, criando
anticorpos específicos).
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B C |
Bactéria (bacteria). Microorganismo
com uma organização de tipo celular (citoplasma delimitado
por uma parede e uma membrana) mas, ao contrário das células
dos organismos mais complexos, o seu material genético não
está organizado dentro de um núcleo. Podem ter formas
variadas (esféricas, cilíndricas, filamentosas ...)
ocorrer isoladamente ou agregarem-se em colónias com formas
características que permitem a sua identificação,
podem não se movimentar autónomamente ou ter flagelos
para se movimentar. Estas características, visíveis
ao microscópio óptico, estão muitas vezes na
origem dos nomes vulgares que lhes são dados: espiroquetas,
vibriões, -cocos (meningococos, pneumococos ...) etc.. Frequentemente
produzem toxinas prejudiciais ao hospedeiro, causadoras de patologia.
Em caso de infecção, os antibióticos são
em geral eficazes contra as bactérias.
Existem também vacinas que despoletam o reconhecimento pelo
sistema imunitário. Exemplo de doenças causadas por
bactérias: Difteria, pneumonia, algumas meningites, gonorreia,
cólera, sífilis, tosse convulsa, peste, tuberculose,
febre tifóide, tétano.
Coorte (cohorte). Conjunto de indivíduos
que nasceram durante o mesmo intervalo de tempo (em geral 1 ano)
ao longo de todo o tempo em que pelo menos um desses indivíduos
permanece vivo. Por explo, a coorte de 1957 é o conjunto
de indivíduos nascidos em 1957 ao longo de toda a sua vida.
Nos humanos uma coorte pode durar 100 ou mais anos. |
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D |
Dinâmica (dynamics). Variação,
no espaço e/ou no tempo, do objecto de estudo (em geral o número
de indivíduos infectados, número de indivíduos
total da população etc.). Doença endémica,
endemismo (endemic disease). Diz-se de uma doença
que persiste durante muito tempo na população, independentemente
da sua prevalência ser alta ou baixa. As doenças endémicas
persistem por vezes durante muito tempo sem grandes flutuações
de prevalência, mas podem também ter características
epidémicas.
Doença infecciosa ou transmissível
(infectious or communicable disease). Os termos são em geral
usados como sinónimos. Designam doenças que se transmitem
por contágio entre indivíduos, quer directamente,
quer através de vectores transmissores da doença (i.e.
indivíduos de outra espécie).
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E |
Eficácia serológica de uma vacina
(serologic efficacy). Capacidade da vacina para induzir uma seroconversão
(surgimento e/ou aumento de anticorpos) detectável num estudo
serológico dos vacinados. Em principio, a seroconversão
está correlacionada com protecção contra a
doença provocada pelo agente infeccioso a que a vacina se
destina e, nesse caso, eficácia serológica é
sinónimo de eficácia vacinal. Mas não é
necessáriamente assim. A seroconversão pode não
ser suficiente para conferir protecção e, inversamente,
a inexistência de seroconversão detectável pode
não excluir falta de protecção.
Eficácia vacinal (vaccine efficacy). Mede
a diminuição do risco de contracção
da doença num grupo de vacinados, comparativamente com não-vacinados.
Uma vacina é tanto mais eficaz quanto maior a diminuição.
Se a diminuição do risco se dever estritamente ao
efeito protector directo da vacina, eficácia confunde-se
com imunogenicidade da vacina. Se a diminuição fôr
também devida a efeitos indirectos, como a imunidade de grupo,
a eficácia confunde-se com a efectividade vacinal.
Efectividade vacinal (vaccine effectiveness).
Refere-se em geral à eficácia da vacina ao nível
da população, tendo em atenção factores
que só se fazem sentir a esse nível. Um exemplo é
o efeito protector indirecto conhecido por imunidade de grupo, o
qual pode não ser tido em conta quando se mede eficácia
vacinal.
ELISA. (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay). Técnica
laboratorial que tira partido das propriedades de acoplamento dos
anticorpos aos antigénios para detectar antigénios
ou anticorpos específicos. A detecção é
tipicamente possibilitada por colorações induzidas
por enzimas. A técnica é muito usada em sondagens
seroepidemiológicas da população.
Endemismo (endemism) Ver doença endémica.
Epidemia (epidemics, outbreak). Número
de casos anormalmente elevado duma doença numa certa população,
área geográfica e/ou periodo de tempo. O termo é
relativamente arbitrário, uma vez que não é
especificado o que se entende por 'anormalmente elevado'. Uma doença
diz-se epidémica se forma epidemias regular ou esporádicamente.
As doenças epidémicas caracterizam-se por mudanças
rápidas na prevalência da infecção, com
picos elevados de curta duração. Uma doença
epidémica pode ser endémica ou não.
Epidemiologia (epidemiology). Estudo da prevalência,
incidência, formas de transmissão e dispersão
geográfica das doenças. Este estudo pode ser meramente
descritivo (epidemiologia clássica) mas também pode
ser explicativo e/ou predictivo.
Equação diferencial (differential
equation). Uma equação em que existem factores, ou
parcelas, que são derivadas. Estas equações
são usadas para descrever matemáticamente o comportamento
de sistemas dinâmicos (físicos, químicos, biológicos,
....) em tempo contínuo. Por exemplo, a variação
contínua do número de indivíduos duma população,
do número de indivíduos infectados com gripe, etc...
Equilíbrio (equilibrium). Estado de um
sistema em que este não muda. Em geral refere-se a um grupo
de indivíduos em equilibrio dinâmico, no qual vários
processos estão balanceados (igual número de entradas
e saídas no grupo) de forma que o número total de
indivíduos não muda. Em geral trata-se de um estado
para o qual um sistema (ou grupo indivíduos) tende com o
tempo.
Estrutura etária (age structure). Distribuição
do número de indivíduos da população
pelas várias idades ou grupos de idades (por exemplo 0-4,
5-9, 10-14… anos) da população.
Estirpe (strain). Uma população
de microorganismos que descende dum organismo parental comum, partilhando
entre si um conjunto de características comuns, em geral
relevantes do ponto de vista imunológico – como, por
explo, a capacidade para serem ou não reconhecidos pelo sistema
imunológico humano. Uma mesma espécie de micororganimos
pode ter várias estirpes, umas mais patogénicas que
outras. O aparecimento de novas estirpes é, frequentemente,
resultado dum processo adaptativo da espécie em causa, por
exemplo em resposta ao uso de antibióticos.
Etiologia (etiology). Estudo das causas das doenças
(os chamados agentes etiológicos).
Exotoxina (exotoxin). Proteína tóxica,
produzida por uma bactéria em resultado do seu metabolismo.
É em geral libertada no ambiente que rodeia a bactéria.
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F G
H |
Grupo etário (age group). Agrupamento de
idades dos indivíduos duma população. Explos
de grupo etários: 0 a 4 anos de idade, 5 a 9 anos de idade,
maiores de 65 anos de idade, etc.
Hospedeiro (host). Diz-se de um organismo que
é parasitado (ver parasita). Por explo, “os humanos
são os únicos hospedeiros do vírus do sarampo”.
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IJ
K L M N O |
Imunidade de grupo (herd immunity).
Efeito indirecto resultante da administração duma
vacina a um grande número de indivíduos. É
causado pela diminuição da probabilidade de que um
indivíduo infeccioso encontre um susceptível a quem
transmitir a infecção, quando a grande maioria (mas
não toda) a população está imunizada.
Este efeito permite que seja possível eliminar uma doença,
mesmo quando uma pequena percentagem de indivíduos na população
não está imunizada.
Imunogénico (Immunogen). Diz-se do que
induz uma resposta imunitária
Imunoglobulinas (Ig’s) (immunoglobulins).
Ver anticorpos.
Incidência (Incidence). O número
de novos casos de uma certa doença que surgem durante um
periodo de tempo definido. Os picos de incidência não
coincidem necessáriamente com os de prevalência.
Infecção (infeccion). Existência
do parasita no hospedeiro, causando ou não doença.
Infectado (infected). Hospedeiro que tem o agente
etiológico da doença. Um infectado pode estar latente
(ver periodo de latência) ou pode ser infeccioso.
Neste último caso, é capaz de transmitir a doença
a outros hospedeiros.
Longevidade (longevity). Duração
média da vida dos indivíduos na população
(= esperança de vida à nascença).
Macroparasita (macroparasite) - ver parasita.
Microparasita (microparasite) - ver parasita.
Modelo determinístico (deterministic model).
Modelo matemático em que os parâmetros e as variáveis
não estão sujeitos a variações aleatórias.
Ao fim de um dado intervalo de tempo, o estado do sistema representado
por um modelo destes, é inteiramente determinado pelo valor
dos seus parâmetros e pelo valor inicial das suas variáveis.
Modelo estocástico (stochastic model).
Modelo matemático que tem em consideração a
existência de variação aleatória em um,
ou mais, dos seus parâmetros ou variáveis. As previsões
do modelo não são apresentadas em termos de resultados
únicos, inteiramente pré-determinados (como nos modelos
determinísticos), mas sim em termos de uma distribuição
de probabilidades dos vários resultados possiveis.
Número básico de reprodução
da doença (basic reprodution rate, R0).
Número de infecções novas causadas por um indivíduo
infeccioso introduzido numa população totalmente susceptível
à doença. Exemplo de valores médios típicos
de R0: varíola 5 a 7, sarampo: 10 a
20. Mede a contagiosidade da doença e está íntimamente
relacionado com a facilidade de a controlar.
Número de substitutos (Number of substitutes,
net reproduction rate). Número médio de infecções
novas causadas por um infeccioso introduzido numa população
onde nem todos os indivíduos contactados são susceptíveis
à doença. O número de substitutos é
inferior a R0.
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P |
Pandemia (pandemic, adj.). Uma epidemia que adquire
uma distribuição geográfica à escala planetária.
Parasita (parasite). Diz-se de um organismos que
beneficia à custa de outro organismo (o hospedeiro), com
prejuízo para este último. Em epidemiologia, subdividem-se
em macroparasitas (explo: “lombrigas”,
“ténias”) que podem ser quantificados fácilmente
e microparasitas, que em geral não são
quantificados directamente e são microscópicos. Estes
últimos são os agentes etiológicos da maioria
das doenças transmissíveis e pertencem essencialmente
a quatro grandes grupos: vírus, bactérias,
protozoários (e.g. o agente da malária)
e fungos (causam as micoses).
Periodo de incubação (incubation
period). Intervalo de tempo que decorre entre a infecção
por um agente causador de doença (virus, bactérias,
esporos, etc.) e o desenvolvimento de sinais e sintomas da doença.
Pode variar de poucos dias (e.g. varicela) a vários anos
(e.g. as chamadas doenças de 'virus lentos').
Periodo de latência (latency). Intervalo
de tempo durante o qual um indivíduo está já
infectado mas em que ainda não é infeccioso, isto
é, ainda não é capaz de transmitir a doença
a um indivíduo susceptível.
Portador (carrier). Indivíduo infectado
mas sem sintomas da infecção. Há dois tipos
de portadores. Os “silenciosos”, que são infecciosos,
e os “latentes” que não são infecciosos
(ver periodo de latência).
Prevalência (prevalence). A prevalência
duma doença infecciosa na população é
o número (ou a proporção) de indivíduos
da população que estão infectados pela doença.
Os indivíduos infectados, tal como são aqui definidos,
não manifestam necessáriamente sintomas da doença
(podem ser portadores).
Protecção maternal (maternal protection).
Um tipo de imunidade passiva, característica do recem-nascido,
adquirida através da transmissão de anticorpos da
mãe para o feto através da placenta. A imunidade conferida
é limitada a um curto periodo de tempo (em geral poucos meses).
Protozoário (protozoa). Células
eucarióticas (material genético organizado dentro
de um núcleo) que vivem solitárias ou agregadas em
colónias. Em geral têm cílios ou flagelos que
lhes conferem movimento. São mais complexos e maiores que
bactérias e, em muitos aspectos, a sua morfologia e fisiologia
é a mesma que a das células dos organismos pluricelulares
mais complexos.
Exemplo de doenças causadas por protozoários: Malária,
leishmaniose, giardiose, amebiose.
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Q
R |
R0 - ver Número básico
de reprodução da doença. |
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S |
Seroepidemiologia (seroepidemiology). Utilização
do estudo serológico duma amostra de indivíduos para
fins epidemiológicos.
Serologia (serology). Estudo das reacções
antigénio-anticorpo. Fazer a serologia de um conjunto de
indivíduos para determinada doença consiste, em geral,
em tomar uma amostra dos líquidos fisiológicos (sangue,
saliva ...) dos indivíduos e, através de meios apropriados
(que envolvem antigénios), avaliar a presença e quantidade
de anticorpos nesses líquidos. A presença de anticorpos
indica que o indivíduo já foi (ou está ainda)
infectado pela doença.
Seropositivo (seropositive). Indivíduo
cujo serótipo sugere que já foi infectado no passado.
Seroprevalência (seroprevalence). Proporção
da população que é seropositiva.
Serótipo (serotype). Anticorpos que um
indivíduo possui, geralmente baseado na análise de
sangue ou saliva (ver serologia). As diferentes estirpes de agentes
patogénicos podem por vezes ser distinguidas pelos diferentes
anticorpos que induzem no hospedeiro, assim, “serótipo”
aplica-se também para designar uma estirpe particular (diz-se,
por explo, “está infectado por um serótipo virulento”).
Sintomas sub-clínicos. Sintomas de infecção
que são tão suaves ou inaparentes que passam despercebidos
a meios de diagnóstico não serológicos.
Substitutos (substitutes) - ver número
de substitutos.
Susceptível (susceptible). Indivíduo
que pode ser infectado por um agente etiológico. |
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T
U V X W Y Z |
Taxa (rate). O número de acontecimentos
dividido pelo intervalo de tempo durante o qual esses acontecimentos
ocorrem. Uma taxa de variação é a quantidade
de variação dividida pela duração do
intervalo de tempo. Para intervalos muito pequenos, a taxa de variação
pode ser dada por uma regra simples (uma equação diferencial).
Toxina (toxin). Produto microbiano (ou componente
microbiana) que pode prejudicar outro organismo em baixas concentrações.
Em geral, o termo refere-se a uma proteína, mas as toxinas
podem ser lípidos ou outras substâncias. (ver também
exotoxina).
Toxóide (toxoid). Uma exotoxina microbiana
que foi modificada, de forma a já não ser tóxica,
mas que continua a estimular a formação de anti-toxina
quando injectada num animal.
Transmissão (transmission). Processo pelo
qual um agente patogénico passa de uma fonte de infecção
para um novo hospedeiro. A fonte de infecção pode
ser um hospedeiro da mesma espécie (transmissão da
tuberculose por gotículas de aerosol emitidas ao tossir),
de uma espécie diferente (transmissão da malária
por insectos), ou ser inorgânico (contaminação
com tétano ao fazer uma ferida no chão). Um caso particular
é a chamada transmissão vertical.
Nesta a transmissão ocorre de ascendente para descente de
forma muito íntima (por explo, da mãe para o feto).
Vacina (vaccine). Uma preparação
de microparasitas mortos, ou de microparasitas vivos atenuados,
ou de moléculas de microparasitas, ou de toxóides
bacterianos. A vacina tem poder imunogénico e é administrada
a um potencial hospedeiro com o objectivo de induzir neste o desenvolvimento
duma resposta imunitária que, no futuro, o proteja contra
doença provocada pelo microparasita visado.
Vector (vector). Em termos gerais, é qualquer
fonte de transmissão de agentes patogénicos. Mais
frequentemente, o termo restringe-se a hospedeiros intermediários
de parasitas cujos ciclos de vida passam por mais de uma espécie
hospedeira. Exemplos comuns são insectos como os mosquitos,
carraças etc, que transmitem microparasitas aos humanos.
Mas há vectores inanimados: um charco de água estagnada
pode ser considerado um vector da cólera.
Virémia (viremia). Presença de um
(micro-)parasita em liquidos fisiológicos (sangue, linfa...)
em grande número. O termo refere-se a virus, mas muitas vezes
é usado para outros microparasitas como bactérias.
O termo pode-se também referir ao próprio processo
de multiplicação do microparasita dentro do hospedeiro.
Vírus (virus) - Agentes etiológicos
muito simples, com uma estrutura de tipo não-celular. Possuem
um só tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA), com a informação
necessária para a sua reprodução, rodeado por
uma carapaça de natureza proteica. Os vírus não
se conseguem reproduzir sem a ajuda de uma célula hospedeira
na qual se introduzem. Se se considerar que os vírus são
seres vivos (um assunto que não é pacífico),
são as formas de vida mais simples que se conhece. São
muito mais simples que os organismos celulares e também muito
mais pequenos (são, por explo, muito mais pequenos que bactérias)
e só são visíveis ao microscópio electrónico.
Os antibióticos não têm efeito sobre os vírus.
Habitualmente, espera-se que o sistema imunitário do hospedeiro
responda a uma infecção por vírus ou, em alguns
casos, o infectado pode ingerir drogas ditas anti-virais que retardam
a multiplicação do vírus e dão tempo
ao sistema imunitário para preparar uma resposta. Num hospedeiro
vacinado, o sistema imunitário reconhece imediatamente o
vírus correspondente à vacina e desenvolve rápidamente
uma resposta que o anule.
Exemplo de doenças causadas por vírus: gripe, varicela,
sarampo, rubéola, papeira, poliomielite, hepatite B e C,
HIV/SIDA, herpes, varíola, raiva, febre amarela, algumas
meningites, SARS (Severe acute respiratory syndrome)
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