Oráculo de Delfos Foi dito que a missão de Sócrates
foi-lhe despertada por Pítia, uma sacerdotisa do oráculo de Delfos. Delfos,
foi um lugar de culto e sede de um oráculo do Deus Apolo, situa-se numa colina
de 570m de altitude junto de uma ravina abrupta. Imagem das ruínas de Delfos:
Apolo anunciava a sua vontade através
do rumor de um arbusto de louro a ele consagrado. Filho de Zeus e de Leto, também
chamado Febo, irmão gêmeo de Ártemis, nasceu na ilha de Delos. Era o
Deus radiante, o Deus da luz benéfica. A lenda mostra-nos Apolo, ainda garoto,
combatendo contra o gigante Títio e matando-o, e contra a serpente Píton,
monstro saído da terra, que assolava os campos, matando-a também. Apolo era
porém, também concebido como divindade maléfica, executora de vinganças. Tal
como dava a morte, dava também a vida: era médico, Deus da saúde, amigo da
juventude bela e forte. Era o inventor da adivinhação, da música e da poesia,
condutor das Musas afastava as desventuras e protegia os rebanhos. Imagem de Apolo
A Pítia era a sacerdotisa de Delfos e
como tal, tinha contacto directo com o Deus Apolo e agia como sua intermediária.
Os gregos recorriam muitas vezes a ela com intuito de pedirem -lhe que colocasse
questões ao Deus e que lhes transmitisse a sua resposta. Sabe-se que na história
de Delfos foi sempre uma sacerdotisa a intermediária entre o deus Apolo e os
homens, talvez devido à emocionalidade que geralmente é mais atribuída ás
mulheres. A Pítia sentava-se num tripé e entrava em estado de transe, no fim
comunicava à pessoa a resposta que o Deus lhe havia fornecido em relação à
sua pergunta. Imagem da Pítia de Delfos:
Foi a Pítia de Delfos que disse a Sócrates
ser o homem mais sábio de todos os homens de Atenas. |
Olga Pombo: opombo@fc.ul.pt
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