Vida de Galois

 

      Evariste Galois nasceu na pequena aldeia francesa de Bourg-la-Reine, no dia 25 de Outubro de 1811. Quando tinha apenas quatro anos de idade, o seu pai foi eleito perfeito da sua localidade. Nicolas-Gabriel Galois era um homem culto e cortês e durante seu mandato conquistou o respeito da comunidade. Fora da política, o seu maior interesse parece ter sido a composição de versos satíricos. Galois herdou do pai a veia poética e recebeu da mãe - Adelaide Marie Dernante - a melhor instrução possível até os 12 anos, idade em que passou a frequentar o Colégio Real Louis-le-Grand, em Paris. Aquela casa de ensino mais parecia uma relíquia da idade média, dominada por um carrasco que fazia as vezes de director e com o qual o jovem Galois entrou rapidamente em conflito. Normalizada a vida no Liceu, Galois continuou a frequentar as aulas e a dar conta das suas obrigações, graças principalmente à magnífica base primária que sua mãe lhe havia dado. Apesar de ter brilhado como aluno, Galois jamais foi um estudante atento. O seu espírito estava quase sempre ausente. Aquelas prelecções nada representavam para ele pois nele  já despontava o "gérmen" da criação.

       Quando Galois tinha 16 anos, a Matemática invadiu a sua vida. Os livros de matemática que circulavam no Liceu nunca lhe mereceram atenção. Eram demasiados triviais. O gosto de Galois pela matemática, logo superou a capacidade do seu professor, e assim ele passou a estudar directamente dos livros dos génios da época.  


Legendre

Isto ocorreu em Fevereiro de 1827, quando descobriu textos de Legendre sobre geometria, que lê rápida e sofregamente e que interpreta tão bem quanto o seu autor. Logo após, lê uma outra obra original de Lagrange : Resolução de Equações Numéricas (Equações Algébricas) Teoria das Funções Analíticas e Lições sobre o Cálculo de Funções. Agora sim, havia um caminho claro para o jovem prodígio. 


Lagrange

Todavia, o seu brilho seria (e foi, como se veio a verificar!) o maior obstáculo ao seu sucesso. Embora soubesse mais matemática do que seria necessário para passar nas provas do Liceu, as soluções de Galois eram tão sofisticadas e inovadoras que seus professores não conseguiam julgá-las correctamente. Galois andava entusiasmado, chegando mesmo a ser não só elogiado por um professor, como também pelo director que terá constatado o seguinte:

" É a paixão pela matemática que o domina. Eu penso que seria melhor para ele se os seus pais lhe permitissem estudar apenas isto. Ele está a desperdiçar o seu tempo aqui e nada mais faz do que atormentar os seus professores e sobrecarregar-se de punições. "
 in http://users.hotlink.com.br/marielli/matematica/geniomat/galois.html 

         Na realidade, com o seu temperamento explosivo, o jovem génio ia paulatinamente conquistando a inimizade dos seus tutores e de todos os que se cruzavam no seu caminho.

        

        Galois tentou o exame na École Polytechnique, sem a ajuda usual de um curso preparatório em matemática. Foi reprovado, mas não desistiu. No mesmo ano, 1828, frequentou o curso de Louis Paul Emile Richard, um distinto professor de matemática, professor esse, que lhe reconheceu o génio precoce e lhe facilitou o acesso à leitura de trabalhos contemporâneos de Abel, Cauchy, Gauss e Jacobi .  Emile Richard encorajou Galois, e defendeu a ideia de que ele deveria ser admitido sem necessidade de um exame.

Gauss

Jacobi

        Os resultados deste encorajamento foram espectaculares. Galois publicou o seu primeiro trabalho ("Prova de um Teorema sobre Fracções Periódicas Contínuas") em Abril de 1829 nos "Annales de Gergonne". Um ano após a primeira tentativa, apresenta-se novamente a exame de admissão para a École Polytechnique embora, mais uma vez, os seus "saltos" lógicos na prova oral só tenham servido para confundir o seu examinador, Monsieur Dinet. Sentindo que estava prestes a ser reprovado pela segunda vez, e frustrado por não sentir reconhecimento pela sua inteligência, Galois perdeu a calma e atirou um apagador a Dinet, acertando-lhe em cheio. A entrada na ilustre École Polytechnique, ficou assim irremediávelmente comprometido.

      Sem se deixar abalar pelas reprovações, Galois continuou confiante no seu talento matemático. O seu principal interesse era a teoria das equações (agora, chamada «Teoria de Galois»). Nessa época,  o jovem matemático estava ocupado com equações algébricas e tinha reparado que não conseguia resolver as de quinto grau. Hoje boa parte dos estudantes sabem resolver equações do primeiro e do segundo graus. Resolvê-las significa achar o "x" que torna a igualdade verdadeira, e no primeiro caso a solução é quase instantânea. Já para as de 2º grau, não é tão trivial e existe uma técnica de resolução chamada "Fórmula de Báskara" (em homenagem a um sábio hindu do século XII) que permite solucioná-la apenas com os números que aparecem na equação ao lado dos "x", chamados na gíria  matemática, de coeficientes ou "radicais". As equações do terceiro e quarto grau também tem soluções, ou fórmulas, do tipo Báskara, só que mais complicadas.

       A pergunta que Galois colocou foi se haveria ou não, algo parecido para equações do quinto grau. Foi apartir daqui que Galois desenvolveu a sua teoria. Postulou que "uma equação algébrica pode ser resolvida por meio de radicais se, e só se, o seu grupo for resolúvel"(explicado na página "Obra de Galois"), formulação na qual pela primeira vez, aparece a palavra "grupo". A partir do estudo efectuados por Galois ficou provado que não existe uma fórmula do tipo Báskara (vulgarmente conhecida como fórmula resolvente) para equações de grau maior ou igual a 5, ou seja, que permita obter a solução, ou o "x" a partir dos coeficientes. Entre o estudo que o jovem matemático fez, possa não espantar quem não está dentro da matemática, a verdade é que as aplicações que posteriormente surgiram demonstram a grande importância do seu resultado. 

        No dia 1 de Junho de 1829, ainda com 17 anos, Galois apresentou à Academia de Ciências de Paris, as suas primeiras pesquisas sobre a solubilidade de equações de grau primo. Augustin Louis Cauchy foi designado juiz.

          Este ponto é bastante polémico e tem sido pomo de discórdia entre todos aqueles que têm escrito sobre Galois. Alguns afirmam que Cauchy, perdeu ou se esqueceu dos papéis e, por isso, nunca deu uma resposta, "ocasionando um dos maiores desastres na história da matemática". Outros afirmam que, intencionalmente, Cauchy os teria deitado fora. Recentemente, surgiram novos factos sugerindo que Cauchy tinha planeado apresentar o trabalho de Galois na Academia de Ciências de Paris em Janeiro de 1830.

Cauchy

Cauchy  

      A 29 de Dezembro de 1829, Galois é admitido na École Normale Supérieure. O seu examinador de matemática anotou o seguinte:

" As ideias deste aluno, às vezes tornam-se obscuras, no entanto, é muito inteligente e tem um espírito notável para pesquisa."

in http://users.hotlink.com.br/marielli/matematica/geniomat/galois.html 

           Já o examinador de literatura, contrastando com as palavras do colega de matemática, disse:

" Este é o único estudante que não sabe nada, pois as suas respostas são pobres. Disseram-me que ele tem uma capacidade extraordinária na matemática. Isto deixa-me bastante surpreendido."

in http://users.hotlink.com.br/marielli/matematica/geniomat/galois.html 

          Infelizmente, nos três anos seguintes, uma série de tragédias pessoais destruiram as ambições de Galois, nomeadamente, ficou sem o seu pai, que se suicidou após uma campanha de difamação perpectuada por um sacerdote jesuíta. 

Fourier

       Galois tenta novamente o reconhecimento do seu talento, enviando para o secretário da Academia de Ciências de Paris, Joseph Fourier, uma nova versão de seus trabalhos. Cabia a Fourier entregar todo o trabalho de Galois ao comité avaliador. Uma nova tragédia se abateu sobre Galois quando Fourier morre algumas semanas antes da data da decisão dos juízes e, embora um maço de trabalhos tenha sido entregue ao comité, o de Galois não estava entre eles. Galois considerou que o seu trabalho foi propositadamente perdido, por razões políticas, pela Academia das Ciências de Paris.

Joseph Fourier

       Uma crença que foi reforçada no ano seguinte, quando a Academia rejeitou o seu novo manuscrito, alegando que os "seus argumentos não eram suficientemente claros nem suficientemente desenvolvidos".
No ambiente escaldante de forte agitação política que então se vive em Paris, Galois frequenta meios republicanos e é expulso da Escola Normal.  Pouco tempo depois, Galois entregou a Poisson um artigo que continha a sua teoria, mas este classificou-o de "incompreensível".

Poisson

Poisson

        

      No relatório elaborado por Poisson, poderia ler-se ainda, em jeito de conclusão:

"Fizémos todos os esforços para compreender as demonstrações do Sr. Galois. A sua argumentação não é suficientemente clara nem está suficientemente desenvolvida para nos permitir ajuizar da sua correcção; não chega a ser possível ter uma ideia desse artigo. O autor afirma que as proposições contidas no seu manuscrito são parte de uma teoria geral que tem grandes aplicações. Muitas vezes, as diferentes partes de uma teoria clarificam-se mutuamente e podem ser mais facilmente compreendidas quando tomadas em conjunto do que isoladamente. Para formar uma opinião definitiva, deve portanto aguardar-se que o autor publique o seu trabalho numa versão mais completa."

cit in Estrada, 2000, pág.541/542
   
          No dia 4 de Dezembro de 1830 Galois, alistou-se na Artilharia da Guarda Nacional. Tratava-se de um ramo da milícia conhecido também como "Amigos do Povo". Porém, antes do fim do mês, o rei extinguiu a Artilharia da Guarda Nacional. Galois viu-se desamparado e sem casa. Nessa altura, Sophie Germain, preocupada com o futuro de Galois, escreveu ao seu amigo Libri, também matemático, o seguinte: 
"  (...) a morte de Monsieur Fourier constituiu um golpe sobre o estudante Galois que, apesar de sua impertinência, mostrou sinais de grande talento. Tudo isso fez com que ele fosse expulso da École Normale. Está sem dinheiro. Há quem diga que Galois está completamente louco. Temo que seja verdade." 
 in http://users.hotlink.com.br/marielli/matematica/geniomat/galois.html 

       Enquanto a paixão de Galois pela política continuava, era inevitável que sua sorte fosse cada vez menor. Galois foi detido durante um mês na prisão de Sainte-Pélagie, após um episódio ilustre testemunhado por Alexandre Dumas no qual Galois, num banquete republicano, foi apanhado a fazer um brinde ao rei Luís Filipe com um punhal na mão. No Dia da Bastilha, Galois marchou em Paris com o uniforme da proscrita Artilharia da Guarda Nacional. Foi condenado a seis meses de prisão e voltou para Sainte-Pélagie. Em meados de Março de 1832, um mês antes da sentença, surge em Paris uma epidemia de cólera, que teve como efeito a libertação de prisioneiros. O que aconteceu com Galois nas semanas seguintes tem sido motivo de muita especulação mas o que se sabe com certeza é que a tragédia foi o resultado de um romance com uma mulher misteriosa, chamada Stéphanie-Félicie Poterine du Motel. 

         Stéphanie estava comprometida com um cidadão chamado Pescheux d'Herbinville que descobriu a infidelidade da noiva e desafiou Galois para um duelo à pistola. Galois conhecia muito bem a perícia de seu desafiante. Na noite anterior ao confronto, noite que acreditava ser a última da sua vida, Galois escreveu diversas cartas a amigos explicando-lhes as circunstâncias e a razão das suas atitudes e decisões e procurou registar as suas descobertas matemáticas.

           Num esforço desesperado, trabalhou toda a noite, demonstrando o teorema que acreditava ser necessário para explicar o enigma da equação de quinto grau. As páginas eram, na maior parte, uma transcrição das ideias que já tinha enviado a Cauchy e Fourier. No final da noite, quando os cálculos ficaram completos, escreveu uma carta ao amigo Auguste Chevalier, pedindo-lhe que, caso morresse, enviasse aquelas páginas a todos os grandes matemáticos da Europa. 

          Eis alguns excertos de uma célebre carta de Galois a Auguste Chevalier:

Mon cher Ami,
J'ai fait en analyse plusieurs choses nouvelles. Les unes concernent la théorie des équations algébriques; les autres, les fonctions intégrales.
Dans la théorie des équations, j'ai recherché dans quels cas les équations étaient résolubles par des radicaux ; ce qui m'a donné occasion d'approfondir cette théorie, et de décrire toutes les transformations possibles sur une équation, lors meme qu'elle n'est pas résoluble par radicaux.
On pourra faire avec tout cela trois Mémoires.
Le premier est écrit; et, malgré ce qu'en a dit Poisson, je le maintiens avec les corrections que j'y ai faites.
Le second contient des applications assez curieuses de la théorie des équations. Voici le résumé des choses les plus importantes.
1* D'après les propositions II et III du premier Mémoire, on voit une grande différence entre adjoindre à une équation une des racines d'une équation auxiliaire, ou les adjoindre toutes.
Dans les deux cas, le groupe de l'équation se partage par l'adjonction en groupes tels que l'on passe de l'un à l'autre par une meme substitution; mais la condition que ces groupes aient les memes substitutions n'a lieu certainement que dans le second cas. Cela s'appelle la décomposition propre.
En d'autres termes, quand un groupe G en contient un autre H, le groupe G peut se partager en groupes, que l'on obtient chacun en opérant sur les permutations de H une meme substitution ; en sorte que  G = H + H S + H  S' + ... Et aussi, il peut se décomposer en groupes qui ont toutes les memes substituions G = H + T H + T' H + ... Ces deux genres de décompositions ne coincident pas ordinairement. Quand elles coincident, la décomposition est dite propre.
Il est aisé de voirque que quand le groupe d'une équation n'est susceptible d'aucune décomposition propre, on aura beau transformer cette équation, les groupes des équations transformées auront toujours le meme nombre de permutations.
Au contraire, quand le groupe d'une équation est susceptible d'une décomposition propre, en sorte qu'il  se partage en M groupes de N permutations, on pourra résoudre l'équation donnée au moyen de deux équations : l'une aura un groupe de M permutations, l'autre un de N permutations.
Lors donc qu'on aura épuisé sur le groupe d'une équation tout ce qu'il y a de décompositions propres possibles sur ce groupe, on arrivera à des groupes qu'on pourra transformer, mais dont les permutations seront toujours en meme ordre.
Si ces groupes ont chacun un nombre premier de permutations, l'équation sera soluble par radicaux; sinon non.  

Le plus petit nombre de permutations que puisse avoir un groupe indécomposable, quand ce nombre n'est pas premier est 5.4.3.
2* Les décompositions  les plus simples sont celles qui ont lieu par la méthode de M. Gauss.
Comme ces décompositions sont évidentes, meme dans la forme actuelle du groupe de l'équation, il est inutile de s'arreter longtemps sur cet objet.
Quelles décompositions sont praticables sur une équation qui ne se simplifie pas par la méthode de M. Gauss ?
J'ai appelé primitives les équations qui ne peuvent pas se simplifier par la méthodes de M. Gauss ; non que ces équations soient réellement indécomposables, puisqu'elles peuvent meme se résoudre par radicaux. Comme le lemme à la théorie des équations primitives solubles par radicaux, j'ai mis en juin 1830, dans le Bulletin Férussac, une analyse sur les imaginaires de la théorie des nombres.
On trouvera ci-jointe la démonstration des théorèmes suivants.
1. Pour qu'une équation primitive soit soluble par radicaux, elle doit etre de degré p^v, p étant premier.
2. Toutes les permutations d'une pareille équation sont de la forme
x_k.l.m... / x_ak +bl + cm + ... + f.  x_a1k +b1l + c1m + ... + g.  ...
k,l,m ... étant v indices, qui , prenant chacun p valeurs, indiquent toutes les racines. Les indices sont pris suivant module p ; c'est-à-dire que la racine sera la meme quand on ajoutera à l'un des indices un multiple de p.
Le groupes qu'on obtient en opérant toutes les substitutions de cette forme linéaire contient en tout p^n (p^n-p) ...(p^n-p^n-1) permutations. 

Il s'en faut que dans cette généralité les équations qui lui  répondent sont résoluble par radicaux. La condition que j'ai indiquée dans le Bulletin de Férussac pour que l'équation soit résoluble par radicaux est trop restreinte ; il y a peu d'exceptions, mais il y en a. La dernière application de la théorie des équations est relative aux équations modulaires des fonctions elliptiques.
    [ ... ]
Tu feras imprimer cette lettre dans la Revue Encyclopédique. Je me suis souvent hasardé dans ma vie à avancer des propositions dont je n' étais pas sûr. Mais tout ce que j'ai écrit là est depuis bientôt un an dans ma tête, et il est trop de mon intérêt de ne pas me tromper pour qu'on me soupconne d'avoir énoncé des théorèmes dont je n'aurais pas la démonstration complète. Tu prieras publiquement Jacobi et Gauss de donner leur avis, non sur la vérité, mais sur l'importance des théorèmes. Après cela, il y aura, j'espère, des gens qui trouveront leur profit à déchiffrer tout ce gachis. Je t'embrasse avec effusion.
Le 29 mai 1832,
E. Galois.
in http://scienceworld.wolfram.com/biography/Galois.html

       Ainda nessa noite, Galois, endereçou um manifesto político a todos os republicanos, aos seus amigos e companheiros, que rezava assim:

       "  (...) não me censurem se eu morrer por outro motivo que não pelo meu país. Será que vou morrer por uma coisa tão insignificante e vergonhosa ? Peço a Deus que testemunhe, pois fui coagido e cedi à provocação. Mas, fiz tudo para a evitar. "
in http://users.hotlink.com.br/marielli/matematica/geniomat/galois.html 

       Na manhã seguinte, quarta-feira, 30 de Maio de 1832, num campo isolado, perto de um pequeno lago, Galois e d'Herbinville enfrentaram-se a uma distância de vinte e cinco passos, armados com pistolas. D'Herbinville estava acompanhado de dois assistentes e Galois estava sozinho. Não contou a ninguém o seu drama e, mesmo a mensagem que enviou ao seu irmão, Alfred, só lhe chegaria depois do duelo terminado. Também as cartas que escreveu na noite anterior só chegariam aos seus amigos vários dias depois.

       As pistolas foram erguidas e disparadas. D'Herbinville continuou de pé e Galois foi atingido no estômago e, ficou deitado no chão. Não havia nenhum cirurgião por perto e o vencedor foi embora calmamente deixando o seu oponente ferido. Algumas horas depois, Galois foi levado para o Hospital Cochin por um camponês que passava no local. No dia seguinte, nos braços do seu irmão, Alfred, e após recusar os serviços de um padre, Evariste Galois faleceu. Tivesse Galois vivido outros cinco meses, e teria completado 21 anos.

        De referir por fim, que surge hoje a hipótese que dá como provável que a sua morte se tenha ficado a dever a um tumor que tinha na cabeça e que teria sido detectado durante a autópsia a que foi sujeito.


Sobre o sentido quase heroico vida vida de Galois convidamo-lo ainda a ler um breve e inspirado texto de Bento de Jesus Caraça.