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A
Comissão Técnica de Vacinação (CTV)
A
CTV é uma comissão independente, formada por 14 especialistas
de diferentes disciplinas (medicina pediátrica, saúde
pública, epidemiologia, infecciologia, biologia, enfermagem
...). A Comissão reune habitualmente na Direcção
Geral de Saúde, em Lisboa, e as recomendações
que emite têm carácter consultivo junto da tutela. |
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Nomeação
e incumbências
O reconhecimento de que a vacinação
é a medida de saúde pública com melhor relação
custo-benefício na protecção contra doenças
transmissíveis e de que a sua implementação
envolve uma complexidade técnica e científica cada
vez maior, está na base da criação da Comissão
Técnica de Vacinação (CTV). A CTV foi nomeada
por Despacho do Ministério da Saúde (nº 19 472/98,
DR - II Série, nº 258 de 7 Nov 98) e tem, entre outras,
as seguintes incumbências:
1. Contribuir para o desenvolvimento,
monitorização e avaliação da política
vacinal nacional.
2. Dar parecer técnico sobre
as indicações e estatuto das vacinas utilizadas em
Portugal.
3. Propor e acompanhar o desenvolvimento
de estudos na área da vacinação e das respectivas
doenças.
4. Propor medidas de excepção,
em termos de vacinação, no caso de ocorrerem surtos. |
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Actividades recentes da CTV |
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PNV do ano
2000
Ao longo de 1997 e 1998, a CTV reviu
e propôs alterações ao Programa Nacional de
Vacinação (PNV) vigente desde 1991. Os
trabalhos da CTV foram resumidos num Relatório Preliminar
amplamente distribuido entre a comunidade médica. Este relatório,
bem como as contribuições de várias entidades
para o seu melhoramento, esteve na base do novo
PNV entrado em vigor em Janeiro de 2000. As principais alterações
introduzidas foram: (1) A introdução da vacina
contra a hepatite B, (2) Introdução da vacina
contra o Haemophilus influenza - tipo b (3) Introdução
da vacina contra o tétano e difteria (esta em dose reduzida),
(4) Administração de apenas uma dose de BCG,
(5) Antecipação da segunda dose da vacina
contra o sarampo, parotidite e rubéola (VASPR) dos 11-13
anos para os 5-6 anos.
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clique a figura para ver o PNV em
vigor
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O sarampo
endógeno no limiar da eliminação ?
Em 1998 e 1999, a DGS emitiu duas circulares
normativas que despoletaram campanhas de vacinação
contra o sarampo, em regime de "catch-up" e "mop-up".
Estas campanhas poderão ter conduzido o sarampo endógeno
à beira da eliminação em Portugal. As campanhas
foram suscitadas por um estudo da CTV, em 1997, que antecipou a
possível ocorrência de uma epidemia de sarampo em Fev-Abr
de 1999. A epidemia não ocorreu e, desde 1999, não
se registaram casos de sarampo confirmados laboratorialmente em
Portugal.
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A "crise
da meningite" 2002
Em 2002, a CTV investigou a legitimidade
das notícias vindas a público nos media,
relativas à eventual existência de uma "epidemia
de meningite" em Portugal. As mesmas notícias sugeriam
ser justificada a introdução no PNV
da vacina conjugada contra o meningococo C, aparecida no mercado
português em 2001. Os dados epidemiológicos de doença
meningocócica (i.e. doença causada pelo meningococo
Neisseria meningitides) foram analisados retrospectivamente,
bem como as características da vacina e a experiência
recente de introdução da mesma no Reino Unido e em
Espanha. A CTV concluiu não se estar em presença de
uma situação epidemiológica que justificasse
a campanha mediática e que, apesar da vacina apresentar aspectos
positivos, a sua administração universal seria prematura,
acarretando riscos de, a médio prazo, gerar uma situação
epidemiológica indesejável. Recomendou-se o reforço
da vigilância epidemiológica e o acompanhamento do
impacto da vacinação em outros países, nomeadamente
em termos duma possível resposta adaptativa do meningococo
à vacinação contra apenas um dos seus serótipos.
Em Novembro de 2003, a CTV conduziu
uma reavaliaçao dos dados epidemiológicos portugueses
e dos relatórios da vigilância epidemiológicas
dos países europeus onde a vacina foi introduzida. Concluiu-se
que diminuiu significativamente a probabilidade dos acontecimentos
epidemiológicos adversos que anteriormente impediram a Comissão
de recomendar a inclusão da vacina no PNV.
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Neisseria meningitidis;
ampl. 3250X
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Segunda revisão
do PNV - o PNV 2006
Em Setembro de 2003 a CTV reiniciou
a sua segunda revisão do PNV. A principal motivação
para esta revisão é a aparente eliminação
do vírus da poliomielite na Região Europeia da OMS.
A baixa (nula?) probabilidade de infecção por polio
selvagem, pode justificar a substituição da vacina
polio oral (VAP), com vírus
vivo inactivado capaz de induzir paralisia flácida aguda
com probabilidade muito baixa, pela vacina injectável (VIP).
A administração de mais uma vacina injectável,
porém, implica a administração de 3 injecções
vacinais aos 2 e 6 meses de idade, uma situação indesejável
para a qual a CTV procurou soluções através do recurso a vacinas polivalentes. O novo PNV entra em vigor em Janeiro de 2006 e incluirá também a vacina contra o meningococo-C.
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