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Gripe
- Vacina trivalente contra a gripe
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Generalidades
Quem deve tomar a vacina ?
Reacções pós-vacinais
Contra
indicações
Mas
afinal a vacina é eficaz ou não ?
A
vacina pode ser dada simultâneamente com outras vacinas ?
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alguns termos ?
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Generalidades
A gripe é uma infecção
respiratória aguda muito contagiosa, causada por um vírus
que não é específico dos humanos (o vírus
infecta vários vertebrados domésticos e selvagens
que, por sua vez, contagiam os humanos), o Myxovirus influenzae,
de que existem três tipos - A, B e C,
sem imunidade cruzada entre eles. O tipo A é o mais virulento,
causador de maiores epidemias, e subdivide-se ainda em subtipos,
conforme as características das suas moléculas superficiais,
(designadas abreviadamente por HA e NA). Nos humanos há presentemente em circulação dois subtipos de gripe A: o H1N1 e o H3N2.
A mortalidade associada à doença
pode ser elevada nos indivíduos mais idosos e nos muito jovens
e em indivíduos com patologias respiratórias, cardio-vasculares,
renais, diabetes .... A gravidade da doença pode ser devida
ao próprio vírus ou, mais frequentemente, a infecções
bacterianas que se sobrepõem na sequência duma gripe.
Para mais informação
sobre gripe, espreitar a info específica dada pela dgs.
As vacinas usadas na Europa são
vacinas inactivadas, preparadas
a partir de vírus cultivados, fragmentados e purificados.
A vacina é trivalente, pois confere protecção contra o H3N2, H2N1 e o Tipo B do vírus. Esta vacina não confere protecção contra o subtipo H5N1 que presentemente se receia poder vir a causar uma pandemia. Não existe ainda vacina contra o H5N1.
As variantes de cada um dos 3 subtipos da actual vacina trivalente, são recomendadas anualmente pela OMS em Fevereiro, para serem tomadas em Outubro. A recomendação é feita em função das variantes dos subtipos que os laboratórios da OMS prevêm estar em circulação no Inverno seguinte.
<NOVO> Como é que se faz uma vacina contra a gripe - a técnica tradicional e a nova técnica para o H5N1 - veja a descrição ilustrada destas técnicas na página da Lic em BMG
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Vírus da gripe
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Quem
deve tomar a vacina ?
A vacina NÃO faz parte do PNV
- não é recomendada para todos nem é gratuita. É
recomendada para:
• Indivíduos com 65 ou
mais anos de idade, particularmente os residentes em lares ou instituições
comunitárias
• Pessoas residentes ou com internamentos prolongados em instituições
prestadoras de cuidados de saúde, independentemente da idade
(ex: deficientes, centros de reabilitação)
• Todas as pessoas com idade superior a 6 meses, incluindo
grávidas e mulheres a amamentar, que sofram de:
- doenças crónicas
pulmonares (incluindo asma), cardíacas, renais e hepáticas
- diabetes mellitus
- outras doenças que,
pelas suas características, provocam geralmente
diminuição da resistência às infecções
(ex: SIDA e cancro)
• pessoas sem abrigo
• crianças e adolescentes
(6 meses -18 anos) em terapêutica prolongada com salicilatos.
A actual recomendação
vacinal visa portanto proteger as pessoas para as quais a doença
constitui um perigo maior. Esta estratégia coloca ênfase
na diminuição da mortalidade causada pela gripe e
não na diminuição da sua incidência.
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Reacções
pós-vacinais
Reacções locais mais
frequentes são dôr, eritema, formação
de um nódulo duro no local de injecção. Reacções
gerais de curta duração são febre e mialgias.
Reacções imediatas de hipersensibilidade são
muito raras.
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Contra
indicações
A vacina está contra indicada
para:
- pessoas com antecedentes de reacção
grave a uma dose anterior da vacina
- pessoas com alergia ao ovo
A vacina NÃO está contra-indicada
em grávidas.
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Mas
afinal a vacina é eficaz ou não ?
A vacina contra a gripe pode gerar
alguma frustação na população vacinada.
Em alguns anos, pode haver um número apreciável de
indivíduos que contrairão "gripe", apesar
de terem sido vacinados. Há duas razões principais
para isso: (1) Uma é que a previsão efectuada em Fevereiro
sobre a principal estirpe do vírus que estará em circulação
no inverno seguinte pode falhar e, simultâneamente, a vacina
tomada pode não conferir imunidade cruzada contra a estirpe
que de facto vai circular. (2) Outra razão é que algumas
pessoas terão um sindroma gripal (sintomas parecidos aos
da gripe), mas causado por outro agente que não o vírus
da gripe (Myxovirus influenzae), ficando a aparência
de a vacina ter falhado.
Relativamente à primeira razão,
relembra-se que o vírus tem uma grande capacidade para mudar a sua aparência exterior, na tentativa de confundir o nosso sistema imunitário. Estas variantes têm propriedades
antigénicas diferentes (i.e., são reconhecidas pelo
nosso sistema imunitário de forma diferente) e têm
imunidade cruzada que pode ir desde zero a 100% (i.e. a imunidade
contra uma pode conferir imunidade nula ou total contra outra).
Uma vez que estas variantes podem-se converter umas nas outras com
relativa rapidez, é crucial prever anualmente qual a variante
que estará em circulação no Inverno seguinte,
a fim de fabricar a vacina adequada. Não obstante a crescente
sofisticação dos métodos de previsão
utilizados, por vezes a previsão falha e, nesse caso, a vacina
terá uma eficácia alta ou baixa, dependendo da imunidade
cruzada entre a variante prevista e a que realmente ocorreu.
Quando a previsão sobre a variante
circulante do vírus não erra, a eficácia vacinal
contra a infecção oscila entre 70 e 80% em adultos jovens. A eficácia contra formas muito severas da doença é superior: ronda os 95%. Apesar da eficácia
diminuir com a idade, sendo menor nos mais velhos, vários
estudos evidenciam o benefício da vacina na diminuição
das complicações da gripe, dos ingressos hospitalares
e da mortalidade.
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A
vacina pode ser dada simultâneamente com outras vacinas ?
Pode, embora em locais
anatómicos diferentes e com seringas diferentes. É
comum a administração simultânea da vacina anti-gripe
e da anti-pneumocócica 23-valente,
dada a semelhança das suas indicações.
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