Tradução
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Comentários
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"Há quem pense, Rei
Gelão, que o número de grãos
de areia é infinito. E quando menciono areia refiro-me não
só aquela que existe em Siracusa e no resto da Sicilia mas também àquela que
se encontra nas outras regiões, sejam elas habitadas ou desabitadas.
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Mais uma vez, há
quem, sem considerá-lo infinito, pense que nenhum número foi ainda nomeado que
seja suficientemente grande para exceder a sua multiplicidade. E é claro que
aqueles que têm esta opinião, se imaginassem uma massa de areia tão
grande como a massa da terra, incluindo nesta todos os mares e depressões da
terra preenchidas até uma altura igual à mais alta das montanhas, estariam muito
longe ainda de reconhecer que qualquer número poderia ser expresso de tal forma
que excedesse a multiplicidade da areia aí existente.
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Mas eu tentarei
mostrar-vos, através de provas geométricas que conseguireis acompanhar que,
dos números nomeados por mim e que constam no trabalho que enviei a Zeuxipo,
alguns excedem, não só o número da massa de areia igual em magnitude à da
terra preenchida da maneira que atrás referi, mas também da massa igual em
magnitude à do universo.
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Trata-se
de um trabalho perdido intitulado Princípios.
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Ora, vos estais por certo conscientes
de que 'universo' é o nome
dado por muitos astrónomos à esfera cujo centro é o centro da terra e cujo
raio é igual à linha recta entre o centro do sol e o centro da terra. Esta é
a definição comum, como tendes ouvido dos astrónomos.
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Arquimedes vai socorrer-se desta definição de 'universo',
para poder demonstrar a sua ideia.
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Mas Aristarco de Samos escreveu um livro
no qual as premissas
levam ao resultado de que o universo é muitas vezes maior do que aquele que é
agora considerado. A hipótese dele é que as estrelas fixas e o sol
permanecem imóveis, que a terra gira em torno do sol na forma de uma
circunferência, que o sol permanece no centro da órbita e
que a esfera das estrelas fixas, situada relativamente perto do centro do sol,
é tão grande que o círculo em que ele supõe que a terra gira
suporta uma
proporção, relativamente à distância das estrelas fixas tal como o centro da
esfera suporta relativamente à sua superfície.
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Esta é a célebre passagem em que Arquimedes se refere ao
conteúdo do não menos célebre "Tratado do Mundo" de
Aristarco de Samos, nomeadamente à hipótese heliocêntrica aí
defendida.
Para um comentário
suplementar
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É fácil de ver que isto
é impossível; pois dado que o centro da esfera não tem dimensão, não o podemos conceber para suportar qualquer proporção relativamente à
superfície da esfera. Temos contudo de aceitar que Aristarco assim pense pela
nossa parte, porque consideramos a terra como se fosse o centro do universo, a
proporção que a terra suporta relativamente àquilo que descrevemos como sendo o 'universo' é igual
à proporção da esfera contendo o círculo em que ele supõe que a terra gira
comparativamente à esfera das estrelas fixas. Pois ele faz uma adaptação dos seus resultados
às demonstrações tendo em conta hipóteses deste tipo, e em
particular parece que ele supõe que a magnitude da esfera que representa a
terra em movimento é igual à magnitude daquilo a que chamamos o 'universo'.
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Arquimedes
avaliou a proporção da circunferência para o diâmetro de um círculo
através de um processo iterativo extraordinário: "Começando com o
hexágono regular inscrito, calculou os perímetros de polígonos
obtidos dobrando sucessivamente o número de lados até chegar a noventa e
seis lados." (cf. Boyer, 1986:86). Para achar o perímetro do hexágono circunscrito era
necessário extrair raízes quadradas, o que Arquimedes fez usando um método
semelhante ao dos Babilónios. Observe-se ainda que ele
conseguiu fazer uma aproximação do número P, (essencial para o cálculo da área do círculo), superior
às que
foram feitas pelos Egípcios e Babilónios.
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Então eu digo que, mesmo que uma esfera, constituída por uma tão elevada quantidade de
areia, como sendo comparativa à da esfera das estrelas fixas,como supõe
Aristarco, eu continuarei a
demonstrar que, dos números mencionados nos "Princípios", alguns excedem em
multiplicidade o número da areia igual em magnitude à esfera atrás
referida, desde que as seguintes suposições sejam feitas.
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Para a sua demonstração, Arquimedes necessita de
determinar o tamanho do universo. Deste modo, tem de
partir de determinados pressupostos relativamente às distâncias e às
dimensões do sol e da terra e à relação entre estas e o
tamanho do 'universo'. Baseia-se para tal em estimativas de números
retirados de os "Princípios".
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1.
O perímetro da terra é de cerca de 3.000.000 estádios e não é maior que este número.
É verdade que, como certamente sabeis, alguns já tentaram demonstrar
que o tal perímetro é de cerca de 300.000 estádios. Mas eu vou mais longe e,
considerando a magnitude da terra dez vezes o tamanho que os meus antecessores
pensaram, suponho que o seu perímetro é de cerca de 3.000.000 estádios e não
é mais.
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Um
estádio equivale, aproximadamente, a um
décimo de milha
Note-se
que Arquimedes sobrestimou o perímetro em causa para que a sua prova
fosse o mais convincente possível.
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2.
O diâmetro da terra é maior do que o
diâmetro da lua, e o diâmetro do sol é maior do que o diâmetro da terra.
Com esta suposição eu sou da opinião dos
primeiros astrónomos.
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3.
O diâmetro do sol é cerca de 30 vezes o
diâmetro da lua e não é maior.
É verdade que, entre os primeiros
astrónomos, Eudoxus (408-355 B.C.) declarou ser o diâmetro do sol cerca de nove vezes maior do que o da lua, e Pheidias (500-432 B.C.)
doze vezes
maior, enquanto que
Aristarco tentou provar que o diâmetro do sol é maior do que 18 vezes, mas menor do que 20 vezes o da lua. Mas eu vou mais além
de Aristarco para que a veracidade da minha
proposição possa ser estabelecida para além de todas as disputas, e eu suponho que o
diâmetro do sol é cerca de 30 vezes o da lua e não é maior.
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Arquimedes
faz sempre uma estimativa por excesso relativamente às
medidas que obtém através da análise cuidada de trabalhos de
astrónomos de então (incluindo o de seu pai). O seu objectivo é que a sua demonstração
seja o mais convincente possível.
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4.
O diâmetro do sol é maior do que o lado do polígono regular com 1000 lados inscrito no maior
círculo (na esfera) do universo.
Faço esta suposição¹ porque
Aristarco descobriu que o sol pareceu ser cerca
de
-ésima parte do círculo do zodíaco, e eu próprio, por um
método que em seguida vou descrever, tentei descobrir experimentalmente o ângulo
subtendente pelo sol e tendo o seu vértice no olho."
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Arquimedes está a comparar o diâmetro do sol com a
circunferência descrita pelo seu centro (cf. Thomas
Heath, 1921:83). Por outras palavras, e
segundo Boyer,
Arquimedes vai assumir que o tamanho aparente do sol é superior a uma
milésima parte do círculo, uma estimativa brilhante (cf. Boyer,1986:86).
Arquimedes vai de
facto provar que a esfera concebida por Arquimedes não
poderá conter mais do que mil vezes o diâmetro do sol. Para ver essa demonstração
¹
Isto
não é, rigorosamente falando, uma suposição, mas sim, uma proposição mais tarde
demonstrada através de uma experiência que será explicada (nota do editor).
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Suposição5.
Suponha-se uma dada quantidade de areia não maior do que uma semente de
papoila, e suponha-se que não contém mais do que 10.000 grãos.
Suponha-se de seguida que o diâmetro da semente de papoila não é menor do que
40 avos da largura de um dedo.
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Arquimedes tem agora que avaliar o tamanho de um grão de areia para poder concluir quantos destes vão ser necessários para preencher
o 'universo'.
Vai
fazê-lo recorrendo a uma semente de papoila, estimando a quantidade de
grãos de areia que esta poderá conter, bem como o diâmetro
desta em 'largura de dedo' (unidade de medida tomada por Arquimedes).
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É nesta altura que Arquimedes se depara com a necessidade de criar um
sistema de notação que lhe permita escrever números de grande dimensão, uma
vez que, na altura, o sistema numérico grego (alfabético) não permitia
tal representação.
Para ver esse sistema
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Aplicação
ao número da areia
Pela
suposição 5,
(diâmetro
da semente de papoila) não é <
(largura de um
dedo);
e,
como uma esfera está para a outra com razão tripla dos seus diâmetros,
segue-se que
(esfera
de diâmetro da largura de um dedo) |
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grãos de areia |
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não é > 64.000 sementes de papoila |
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não é > 64.000 x 10.000 |
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não é > 640.000.000 |
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não é > 6 unidades da segunda ordem + 40.000.000 unidades de
primeira ordem |
(a fortiori)
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< 10 unidades de segunda ordem de números |
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Baseando-se na suposição que fez, e partindo
dos factos:
-
uma semente de papoila não contém mais do que 10 mil
grãos de areia,
-
o diâmetro da semente de papoila não é
superior a 40 avos da largura de um dedo
-
um estádio é menor do
que 10 mil 'largura de um dedo'
Arquimedesdeduz que o número de grãos
pretendido é menor, do que,, escrito na nossa notação (cf.
Boyer, 1986:86).
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Acrescentamos
agoragradualmente o diâmetro da esfera em questão,
multiplicando-o por 100 de cada vez. Assim, lembrando que a esfera irá ser
multiplicada por 100³
ou 1.000.000, o número de grãos de areia que estaria contido numa esfera com
cada diâmetro sucessivo pode ser determinado como a seguir se segue.
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Nesta passagem da carta, Arquimedes vai
progressivamente aumentando o diâmetro da semente de cem em cem vezes,
ampliando assim a sua dimensão, em cada passo, 1 milhão de vezes.
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Diâmetro da esfera |
N.º correspondente de grãos de areia |
(1) 100 vezes a largura de um dedo |
< 1.000.000 x 10 unidades de segunda ordem |
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< (7º termo da
série) x (10º termo da série) |
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< 16º termo da série |
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< 10.000.000 unidades de segunda ordem. |
(2) 10.000 vezes a largura de um dedo |
< 1.000.000 x (último
número) |
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< (7º termo da
série) x (16º termo) |
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< 22º termo da série |
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< 100.000 unidades de terceira ordem. |
(3) 1 estádio (< 10.000 vezes a largura de um
dedo) |
< 100.000 unidades de terceira ordem. |
(4) 100 estádios |
< 1.000.000 x (último
número) |
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< (7º termo da
série) x (22º termo) |
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< 28º termo da série |
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< 1.000 unidades de quarta ordem. |
(5) 10.000 estádios |
< 1.000.000 x (último
número) |
|
< (7º termo da
série) x (28º termo) |
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< 34º termo da série |
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< 10 unidades de quinta ordem. |
(6) 1.000.000 estádios |
< (7º termo da
série) x (34º termo) |
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< 40º termo |
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< 10.000.000 unidades de quinta
ordem. |
(7) 100.000.000 estádios |
< (7º termo da
série) x (40º termo) |
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< 100.000 unidades de sexta ordem. |
(8) 10.000.000.000 estádios |
< (7º termo da
série) x (46º termo) |
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< 52º termo da série |
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< 1.000 unidades de sétima ordem. |
Mas,
pelo teorema,
(diâmetro
do 'universo') < 10.000.000.000 estádios
Assim
o número de grãos de areia contidos numa esfera do tamanho do nosso 'universo'
é menor do que 1.000 unidades da sétima ordem dos números
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O diâmetro da
semente foi
sucessivamente ampliado na unidade 'largura de um dedo' e convertido na
unidade estádio. Arquimedes concluiu, que o número de grãos de areia
contidos na esfera de diâmetro 10 mil milhões estádio é menor do que
'mil unidades da sétima ordem' ( do referencial concebido por ele) o
que equivale a
no sistema decimal.
16º termo da série, ou seja,
22º termo da série,
ou seja,
28º termo da série,
ou seja,
34º termo da série,
ou seja,
40º
termo,
ou seja,
46º termo,
ou seja,
52º termo da série,
ou seja,
1.000 unidades da sétima ordem dos números,
ou seja, .
Para ver o teorema
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Disto
podemos provar ainda que uma esfera do tamanho atribuído por Aristarcos como
sendo a esfera das estrelas fixas conteria um número de grãos de areia menor
do que 10.000.000 unidades da oitava ordem.
Pois,
por hipótese,
(terra) : ('universo') = ('universo') : (esfera das estrelas fixas).
E,
(diâmetro
do 'universo') < 10.000 (diâmetro da terra)
bem
como
(diâmetro
da esfera das estrelas fixas) < 10.000 (diâmetro do 'universo')
logo
(esfera
das estrelas fixas)< (10.000)³
. ('universo').
Segue-se
que o número de grãos de areia que estaria contido numa esfera igual à esfera
das estrelas fixas
<
(10.000)³ x 1.000 unidade da sétima ordem
< (13º termo da série) x (52º termo da série)
<
64º termo da série
<
10.000.000 unidades da oitava ordem dos números.
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10.000.000 unidades da oitava ordem,
ou seja, . Arquimedes vai mais além ao determinar o número de
grãos de areia necessários para preencher o 'universo' de Aristarco.
Consegue provar que para tal, são necessários
grãos o que, na notação
utilizada por Arquimedes, corresponde a "dez milhões de unidades da
oitava ordem de números (onde os números de segunda ordem começam com
uma miríade de miríades, e os de oitava com a sétima potência de um
miríade de miríades)" (cf. Boyer, 1986:86).
Uma miríade corresponde ao número 10.000.
64º termo da série,
ou seja, |
Conclusão
"Creio
que estas coisas, Rei Gelão, possam parecer inacreditáveis para a grande
maioria das pessoas que não estudam matemática. Mas para aqueles que estão dentro do assunto e que já pensaram na questão das distâncias e tamanhos
da terra, do sol, da lua e do universo inteiro a prova terá algum fundamento. E
foi por este motivo que achei que o tema seria apropriado para a vossa
consideração."
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