Viscosidade e Reologia

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Limpeza

A limpeza dos viscosímetros é dos factores mais importantes para o correcto funcionamento dos mesmos. A presença de contaminantes na superfície do instrumento afecta os valores medidos de viscosidade de duas maneiras:

a)     Por diluição da amostra em ensaio no contaminante, de forma que a viscosidade determinada é a correspondente à mistura de composição desconhecida produzida nesse momento.

b)     Por alteração das características da superfície em termos químicos (diferente adesão do material a ensaiar) e em termos físicos (diferente área superficial para o contacto entre o material a ensaiar e o viscosímetro).

A limpeza a preconizar para cada viscosímetro é função quer dos materiais constituintes do viscosímetro quer do tipo de contaminantes que se espera ou conhece que estão presentes.

Nota: os óleos de silicone são um material muito especial pois penetram na superfície dos vidros, alterando definitivamente as suas características. Quando um viscosímetro tiver de ser utilizado com estes materiais tal facto deve ser sempre indicado quando o mesmo for enviado para calibração, para que isso seja tomado em consideração. Pode usar-se o ácido acético concentrado ou até o ácido acético glacial para limpeza deste material mas a alteração da superfície é irreversível.

Os viscosímetros de vidro devem ser limpos com uma mistura ácida oxidante antes da sua primeira utilização.

A mistura a utilizar pode ser a cromo-sulfúrica, a etanol-ácido nítrico, a água oxigenada-ácido clorídrico, ou outra qualquer de propriedades semelhantes. O ataque ácido-oxidante deve ser mantido durante alguns minutos, depois o viscosímetro deve ser escorrido, passado abundantemente por água, depois por água destilada ou acetona de pureza melhor que 99,9% e seco sob corrente de ar comprimido limpo (filtrado de poeiras ou vapores de óleo) ou azoto.

As limpezas seguintes devem ser realizadas com solventes adequados à composição dos materiais ensaiados: começa-se por escorrer o material ensaiado, faz-se uma ou duas passagens com alguns mililitros dum solvente adequado, repete-se com outro solvente compatível com o primeiro e mais volátil e termina-se com acetona e corrente de ar.

Os detergentes de forte reacção alcalina devem ser evitados a todo o custo sob pena de alterarem as características da superfície do vidro e invalidarem a calibração do instrumento.

Quando a sua utilização for imprescindível deve ser usada a maior diluição possível e o pH da solução controlado antes da sua utilização, mas é sempre de esperar alteração da constante do instrumento.

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© Fernando Santos - 2003